Uma técnica de enfermagem do Hospital das Forças Armadas (HFA) foi condenada a sete meses de detenção por injúria e desacato contra dois militares. Durante uma discussão em uma faixa de pedestres, dentro da unidade de saúde, a mulher mostrou o dedo do meio para os oficiais.
Depois, ao retornar ao hospital, ela desceu do carro e proferiu palavras ofensivas e intimidadoras ao mesmo militar. Ao se identificar como sendo o militar autor do alerta, ela, em tom agressivo, continuou a desacatá-lo, chamando-o de moleque e de covarde e, ainda, que dentro do HFA ele podia "se achar", mas que fora daquele hospital militar, ela resolveria com ele, inclusive, usando um tom intimidativo, dizendo-lhe que chamaria o marido dela, a fim de que aquele pudesse ensiná-lo sobre como se deve tratar uma mulher .
A mulher foi denunciada pelo Ministério Público Militar (MPM), junto à 2ª Auditoria Militar de Brasília, e foi condenada por ambos os crimes. A defesa da servidora recorreu da decisão junto ao Superior Tribunal Militar (STM), alegando que a acusada não teria cometido qualquer tipo de crime e que ela não teria tido o dolo para o cometimento de injúria. "Não restou comprovado o dolo específico de injuriar a major, elemento subjetivo do delito de injúria, pois a acusada não teve a intenção de ofender a dignidade da ofendida. O que houve foi um mero desentendimento isolado, em que ambas não entenderam o que a outra pessoa gostaria de expressar naquele momento ", informou o advogado.
No entanto, o STM negou o pedido e manteve a sentença da acusada.
Com informações do Supremo Tribunal Militar