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USP, Unicamp e Unesp vão receber repasse extra de R$ 1 bilhão do Estado de SP

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 20, um repasse extra de R$ 1 bilhão a ser dividido entre USP, Unicamp e Unesp. A verba será destinada à melhoria da infraestrutura física e tecnológica dos câmpus para retomada presencial das aulas no pós-pandemia e o repasse está previsto ainda para este ano.

Patrícia Ellen, secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, disse que o crédito suplementar só foi possível graças à reforma administrativa do Estado e que o objetivo é apoiar os estudantes mais vulneráveis do ensino superior. "Além da modernização, conseguimos melhorar a segurança dos nossos alunos, servidores e docentes. Esse recurso adicional é a garantia que as três universidades paulistas vão poder continuar com as suas atividades", afirmou Vahan Agopyan, reitor da USP.

O crédito suplementar será dividido conforme os mesmos critérios determinados na distribuição de 9,57% do ICMS, cota fixa da arrecadação estadual de imposto a qual as instituições têm direito. A divisão prevê R$ 525,6 milhões para a USP, R$ 245 milhões para a Unesp e R$ 229,4 milhões para a Unicamp.

Além desse investimento, o governador João Doria (PSDB) também anunciou que o orçamento de 2022 destinado às universidades estaduais e à Fapesp será de R$ 17 bilhões, um aumento geral de 41% em comparação com o total de 2018.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o reajuste para o próximo ano será dividido da seguinte forma: R$ 7,6 bilhões para a USP (aumento de 24% em relação ao ano anterior); R$ 3,8 bilhões para a Unesp (aumento de 22%); R$ 3,7 bilhões para a Unicamp (17% a mais); e R$ 1,85 bilhão para a Fapesp (15% sobre o atual orçamento).

Durante a coletiva de imprensa, Doria e Patrícia Ellen aproveitaram o anúncio para criticarem o recente corte de 87% anunciado pelo governo federal na verba destinada à ciência e à tecnologia. "Em um momento triste do Brasil, em que o obscurantismo custou milhares de vidas que se foram com a covid-19, São Paulo reafirma a confiança e a crença na ciência", disse o governador.



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