Jornal Estado de Minas

EXECUÇÃO

Maior traficante de cocaína do DF é executado durante saidão

O homem condenado à maior pena da história da capital federal e considerado o maior traficante de cocaína do DF foi executado a tiros, nesta sexta-feira (22/10), na QSC 19 de Taguatinga. Wesley do Espírito Santo, 42 anos, mais conhecido como "Macarrão", foi preso em uma grande operação da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) com um caminhão que carregava 74kg de cocaína e 36kg de escama de peixe, em 2013. O criminoso pegou 45 anos e 9 meses de prisão.





Fontes policiais informaram ao Correio que Macarrão deixou o Complexo Penitenciário da Papuda há poucos dias. Na noite desta sexta-feira, quatro homens em um carro efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra Wesley, que morreu na hora. O crime aconteceu em uma loja de acessórios da região. Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) respondeu que atendeu a ocorrência e encontrou o homem com múltiplas perfurações. A perícia foi acionada.

Em junho de 2013, a Polícia Civil do DF deflagrou uma mega-operação após 15 meses de investigação e prendeu oito pessoas, incluindo Macarrão. Um caminhão que carregava 110kg de drogas avaliadas em mais de R$ 5 milhões foi interceptado. Na época, essa foi a maior apreensão de cocaína do tipo "escama de peixe" do DF. Wesley era o cabeça do grupo, segundo as investigações, e acumulava passagens por corrupção de menores e roubo.

"Ficamos 18 meses na cola dele para conseguir pegar. Era uma pessoa muito inteligente e articulada. Ele chegou a comprar um caminhão, um Scania, para transportar a droga. Criou nesse veículo um compartimento secreto no terceiro eixo. Nesse compartimento, pegamos 120kg de cocaína pura (escama de peixe) e R$ 300 mil", afirmou, ao Correio, o delegado titular da Cord, Rogério Henrique Rezende.





O Correio apurou que o traficante havia sido beneficiado com o saidão e estava cadastrado para trabalhar na loja de acessórios onde foi assassinado. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Wesley estaria procurando uma caminhonete para roubar e trocar por cocaína, de modo a voltar para o tráfico. Wesley foi assassinado por uma pistola com seletor de raja, tipo de arma que é característica de organização criminosa.

Responsável por envio de drogas


Wesley também era o responsável por 50% da cocaína que entrava no Distrito Federal. Era ele quem tinha contato com fornecedores e providenciava a venda do entorpecente em Brasília, assim como traçava as rotas e contratava motoristas.

Em 2014, ele foi condenado à maior pena do DF e pegou 45 anos e 9 meses de prisão. Os comparsas, incluindo três mulheres, sendo uma a irmã de Wesley, também foram sentenciados pela 3ª Vara de Entorpecentes do DF. Somadas, as penas do grupo chegam a 225 anos de cadeia.

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