A família de Paula Paiva está em estado de choque após se envolver em um acidente de trânsito, no domingo (24/10), e ser agredida pelo motorista envolvido na colisão. "Minha mãe está abalada. A minha irmã está melhor, mas ficou bem assustada na hora. Eu estou bem chateada, porque a compra do carro é recente e por precisar dele pra trabalhar", contou ao Correio a personal trainer de 25 anos.
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O delegado responsável pelo caso, Josué Ribeiro, disse ao Correio que o homem não possui antecedentes criminais e alegou que não tinha tomado os remédios controlados no dia. Segundo o boletim de ocorrência, tanto a mulher quanto o agressor foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML). O carro da vítima foi periciado ontem. Apesar de brigas no trânsito serem comuns, a Polícia Civil do Distrito Federal não possui o registro da quantidade de relatos desse tipo. "Não temos essa natureza criminal em nosso ordenamento jurídico, e a leitura de históricos se torna inviável diante do grande volume de ocorrências de trânsito", respondeu a corporação, em nota.
O caso
O homem agrediu Paula física e verbalmente durante uma briga de trânsito em Taguatinga. Segundo relato da vítima, o condutor ficou enfurecido por ela ter arranhado o carro do homem ao dar ré em um posto de gasolina. Paula disse que desceu do automóvel, falou com a esposa de Ênio, passou seu contato para arcar com os prejuízos e saiu. De acordo com o motorista, ele tentou ligar para o número da mulher, que supostamente estaria errado. Foi, então, que ele fechou a moça na saída do posto e começou a segui-la. Após quatro minutos de perseguição, quando a mulher parou em um semáforo vermelho, Ênio desceu do veículo, subiu no carro de Paula e quebrou o para-brisa com chutes. De acordo com a vítima, o homem tentou agredir sua mãe, que estava no carro.
"Foi ontem (25/10), no posto de gasolina, por conta de um arranhão no carro dele. Ele desceu muito nervoso, xingando, mas passei o meu número para a esposa. Ele me fechou na frente da bomba de combustível, mas eu dei ré e saí do posto. Mesmo assim, ele me seguiu. Tudo aconteceu no sinal vermelho, ele tentou agredir minha mãe, me puxou muito pelo braço, chutou o retrovisor e subiu no meu carro (quebrando o para-brisa)", relatou Paula.
Um vídeo feito no local mostra o momento em que o homem, alterado, sobe no carro da mulher. Em outra gravação, depois de quebrar o vidro, ele puxa o braço da vítima, sentada no banco do motorista, enquanto a irmã de Paula, no banco de trás do veículo, chora e grita de desespero. A mulher ficou com as mãos machucadas com as agressões de Ênio. A esposa do empresário tentou contê-lo. Até o fechamento desta edição, o motorista não havia retornado os pedidos de posicionamento nem sua defesa fora localizada.