A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira (3/11) ter recebido uma segunda correspondência eletrônica, desta vez anônima, com ameaças a servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares, caso vacinas contra COVID-19 para crianças venham a ser aprovadas. A ameaça, feita na última sexta-feira (29/10), ocorreu 24 horas após órgão regulador ter recebido o primeiro texto, embora, segundo a agência, aparentemente, o autor não seja o mesmo.
Logo após o recebimento da mensagem, a Anvisa oficiou às mesmas autoridades federais já alertadas no dia anterior, quando ocorreu a primeira ameaça. De acordo com o órgão foram alertados: a Presidência da República, o Senado, a Câmara, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR), os ministérios da Justiça e da Saúde, a Casa Civil, a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
"Em meio a essas ameaças ao Estado brasileiro, a Anvisa, que detém o poder de polícia desse mesmo Estado no campo da vigilância sanitária, segue com a sua missão institucional de proteger a saúde do cidadão de maneira ampla e se mantém na vanguarda do enfrentamento da COVID-19 em nosso país", afirmou o órgão em nota.
Primeiras ameaças
Na última semana, o órgão regulador informou que seus cincos diretores haviam recebido e-mails com ameaças de morte em caso de uma eventual aprovação de vacinas para crianças entre 5 e 11 anos. Segundo a Agência, as ameaças não citavam a aprovação de nenhuma vacina específica, apesar do foco atual da agência ser a deliberação de imunizantes contra a COVID-19.
A Anvisa também afirmou que instituições escolares do Paraná foram alvo das mesmas ameaças feitas aos diretores da Anvisa.
"Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis", disse a agência por meio de nota.
*Estagiárias sob a supervisão de Andreia Castro