O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta terça-feira (16/11), que governos estaduais e prefeituras, juntamente com o governo federal, devem discutir as medidas a serem adotadas para evitar que o número de casos da COVID-19 volte a aumentar, a exemplo do que vem acontecendo em outros países, em especial, os europeus.
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"O que desejamos é voltar à normalidade o mais rápido possível, mas precisamos olhar o que está acontecendo nos outros países", declarou Queiroga ao ser perguntado se o conjunto de medidas relativas à vacinação anunciado esta manhã leva em conta a aproximação de datas festivas que costumam reunir multidões, como o réveillon e o carnaval.
"Estamos acompanhando o cenário epidemiológico. Então, a qualquer sinal de que possa haver um aumento de casos, as medidas de flexibilização podem, naturalmente, ser revistas. Seja no sentido de restringir, seja no sentido de torná-las mais liberais", disse o ministro ao falar especificamente sobre o carnaval de 2022. "É uma questão que precisa ser discutida."
Europa
Nas últimas semanas, vários países europeus anunciaram a retomada de algumas restrições sanitárias para tentar conter o recrudescimento dos casos de infecção pelo novo coronavírus, entre eles, a Alemanha, Áustria, Dinamarca, França e o Reino Unido.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a batalha de países europeus contra a doença é uma "chamada de alerta" para o resto do mundo, uma vez que o vírus continua circulando.
Dose de reforço
No Brasil, o Ministério da Saúde promoverá, entre os próximos dias 20 e 26, a campanha Mega Vacinação para estimular a população a tomar todas as doses recomendadas da vacina, completando o ciclo de imunização básico.
Atualmente, há 21 milhões de pessoas que, por diferentes razões, não compareceram a um posto de saúde a fim de tomar a segunda dose da vacina contra a COVID-19. O Ministério da Saúde garante haver imunizantes para atender a todas elas.
O ministério também anunciou mudanças no cronograma de vacinação. O intervalo de tempo para aplicação da dose de reforço (terceira dose) que antes era de seis meses após a segunda, agora passa a ser de cinco meses - para aqueles que tomaram Coronavac, Pfizer ou AstraZeneca/Oxford.
Quem recebeu imunizante da Janssen, antes indicado como dose única, também receberá uma segunda dose - que deverá ser aplicada dois meses após a primeira -, além de uma dose de reforço, cinco meses após a segunda.
Além disso, a pasta ampliou a faixa etária de quem deve receber a terceira dose, recomendando-a para todos que têm mais de 18 anos de idade. As novas orientações serão implementadas pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios.
"Nosso objetivo é, através da campanha Mega Vacinação , ampliar ainda mais o acesso e convencer as pessoas a procurarem as Unidades Básicas de Saúde para, a partir daí, adquirirmos ainda mais a confiança do povo brasileiro e um controle sanitário eficiente para evitarmos possíveis novas ondas da COVID-19", disse Queiroga.