A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de alteração do esquema de imunização da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a bula do imunizante prevê duas doses para a imunização completa contra a COVID-19, mas a farmacêutica pediu para incluir uma terceira dose.
"A solicitação da Astrazeneca prevê a vacinação homóloga, ou seja, aplicação de dose de reforço em pessoas que receberam as duas doses iniciais da mesma vacina da Astrazeneca há pelo menos 6 meses", explica o órgão regulador em nota.
Dessa forma, a proposta de uma terceira dose da vacina vale todas as faixas etárias atualmente incluídas na bula do imunizante, ou seja, pessoas com mais 18 anos ou mais.
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Ou seja, as pessoas que tomaram duas doses da vacina AstraZeneca devem receber uma dose adicional da vacina da Pfizer. "É o que nós chamamos de vacinação heteróloga. Essa decisão é apoiada na ciência. Temos dados que embasam isso e mostram que o imunizante com a tecnologia do mRNA é o mais adequado. Então, a dose adicional de reforço é feita com a vacina Cominarty (da Pfizer)", ressaltou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Estudos clínicos
A agência reguladora brasileira lembra que para alterar a bula, é necessário que os estudos clínicos demonstrem "manutenção do perfil de segurança do produto", além de indicar qual eficácia atingida com a dose adicional.
O estudo clínico, que avaliou a necessidade de uma terceira dose da vacina da AstraZeneca, foi aprovado pela Anvisa em 19 de julho e realizado com voluntários brasileiros.
Agora, desde que não haja necessidade de esclarecimentos adicionais, a Anvisa tem o prazo de 30 dias para avaliar o pedido de inclusão de um terceira dose da vacina na bula.