A polêmica em torno das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) parece não ter fim. Nesta sexta-feira (19/11), uma diretora de uma escola estadual em São Paulo fez uma denúncia de que duas professoras da unidade que costuma realizar o certame todos os anos serão substituídos por dois policiais.
Leia Mais
Juiz extingue ação da Defensoria para obrigar Inep a comprovar segurança do EnemServidores divulgam dossiê com denúncias de assédio e interferência no EnemPrefeitura de SP exonera 2 servidores que não quiseram tomar vacinaEm uma outra postagem, a diretora Hélida Lança, que também é professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP), destacou que as duas profissionais foram retiradas porque "não passaram na avaliação da Polícia Federal" e demonstrava indignação com o procedimento dos funcionários que seriam responsáveis por aplicar as provas.
A primeira postagem foi compartilhada mais de 2,5 mil vezes e recebeu mais de 12 mil curtidas até às 22h40, a diretora afirma que mandaram ela apagar a postagem. "Atualizando: querem que eu apague postagem, mas não vou apagar. Salvei todas as mensagens que recebi. Escutei muito bem o aviso inicial, mas agora estão dizendo que não será bem assim. Se a minha denúncia serviu pra mudarem o rumo das coisas, então viva!", escreveu Hélida Lança na sequência.
A denúncia da diretora chamou a atenção do senador Izalci (PSDB-DF), que pediu mais detalhes entre os comentários nas redes sociais. Procurado pela reportagem, o parlamentar ainda não comentou sobre o assunto.
A debandada recente de mais de 30 funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia ligada ao Ministério da Educação e responsável pela realização do Enem, levantou suspeitas sobre a credibilidade do exame, uma vez que os servidores fizeram denúncias de assédio, perseguição e censura na prova do Enem deste ano.