O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que, apesar de o município de Serrana, que foi escolhida para a realização do "Projeto S", ter registrado um aumento no número de infecções, o que deve ser analisado é o número de casos graves, que se manteve estável. Com o esquema vacinal completo há sete meses, Serrana vai entra na terceira fase do projeto que é vacinar novamente toda a população adulta. A perspectiva é que o término dessa fase seja na próxima semana.
"Passados 7 meses, a efetividade com relação a casos graves, internações e óbitos se mantêm, mas de fato houve um pequeno aumento no número de infecções, isso refletindo exatamente uma diminuição do nível de anticorpos que se observa com todas as vacinas", declarou Dimas, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 24, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. "Apesar disso, a imunidade para casos graves se manteve", prosseguiu, classificando como o indicador mais importante.
O seguimento do projeto, com a nova fase de inoculação da fase adulta, teve início na semana passada. De acordo com o diretor do Butantan, "Serrana tem sido olhada por agências internacionais como exemplo do efeito vacinal e da chamada imunidade coletiva".
A cidade paulista, localizada cerca de 300 km ao norte da capital, foi escolhida para a pesquisa inédita no País com o objetivo de avaliar o efeito da imunização em massa da população adulta com a Coronavac, vacina produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A vacinação em massa da população local diminuiu em 95% o número de óbitos por covid-19 na cidade do interior paulista, conforme resultados do estudo.
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