A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enviou, na terça-feira (23/11), ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) o último depoimento de testemunha no caso de injúria racial contra a cantora Andressa Souza, 34 anos, ocorrido em 19 de outubro deste ano. O delegado-adjunto da 1ª DP (Asa Sul), Maurício Iacozzili, ouviu um garçom que estava no restaurante da 108 Sul, local do crime.
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O ânimo da artista, no entanto, foi substituída poucas horas depois por choro, quando ela foi vítima de injúria racial ao ser atacada verbalmente e fisicamente por uma cliente do local. "Aprende a cantar, sua negra", proferiu a agressora. O caso foi registrado na 1ª DP (Asa Sul) como injúria racial.
A agressão ocorreu por volta das 22h30, quando Andresa e o produtor musical Jônatas Santana se apresentavam há cerca de duas horas. Em certo momento, alguns clientes começaram a fazer pedidos de músicas. Prontamente, eles atenderam às solicitações. "A casa tava cheia, principalmente na área onde fica o palco. Na minha frente tinha uma mesa com alguns gringos que se divertiam bastante", conta Andresa.
Em outra mesa, no canto do palco, estava a agressora com um grupo de mulheres. Elas pediam, insistentemente, para Andressa cantar uma música que ela já havia cantado. "O garçom chegou a vir me dizer e eu disse que já tinha cantado e perguntei se era pra repetir e ele disse que era pra eu fazer o que eu achasse melhor. Decidi cantar de novo", diz.
A mulher e outras três amigas então teriam ido para a frente do palco, dançaram, sorriram e cantaram a música -- Fly me to the moon, originalmente cantada por Frank Sinatra. No fim da música, as mulheres foram se sentar, menos uma - a que teria proferido as agressões. A mulher teria ido até Andressa e dito que ela não sabia cantar e que tinha errado a letra.