A farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira, 26, o uso emergencial do Molnupiravir, pílula antiviral de via oral desenvolvida pela farmacêutica em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics. O remédio atua prevenindo a replicação do coronavírus e tem demonstrado ser eficaz no tratamento da covid-19.
A Anvisa é a quinta agência regulatória do mundo a receber o pedido de uso emergencial do medicamento, segundo a MSD.
"Isso mostra claramente o compromisso da MSD com o Brasil e reforça a relevância do País para a companhia", informou a farmacêutica.
O medicamento já foi submetido a órgãos como a FDA (Estados Unidos), a EMA (União Europeia) e a Agência Japonesa de Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos. No início deste mês, o Molnupiravir recebeu aval da agência reguladora do Reino Unido e tornou-se o primeiro tratamento de via oral aprovado no mundo.
O remédio age induzindo mutações na enzima RNA-polimerase do Sars-CoV-2 conforme o material genético do vírus é replicado. Desse modo, ele consegue enfraquecer o vírus e diminuir os danos causados ao corpo. Por ser administrado por via oral, a expectativa é que seja mais acessível que outros medicamentos.
Ainda não há resultados científicos definitivos, mas a farmacêutica divulgou resultados preliminares de um estudo de fase 3 que apontam que o molnupiravir conseguiu reduzir significativamente o risco de internações e mortes por Covid-19. Para isso, ele deve ser administrado logo nos primeiros dias após o início dos sintomas.
A MSD informou que, até o 29º dia de análise desde o início dos testes em voluntários, nenhuma morte foi relatada em pacientes que receberam Molnupiravir, em comparação com oito mortes em pacientes que receberam placebo.
A análise interina avaliou dados de 775 pacientes que foram inicialmente inscritos no estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de fase 3.
O estudo incluiu sete centros de pesquisa no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto), um no Distrito Federal (Brasília), um em Minas Gerais (Belo Horizonte), um no Paraná (Curitiba) e um no Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves).
Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta, com o avanço da vacinação, está ganhando força a corrida para tratar a doença. Ao lado do Paxlovid, remédio desenvolvido pela Pfizer, o Molnupiravir é uma das pílulas antivirais que tem demonstrado maior potencial.
Fiocruz
A MSD informou que está em "conversas avançadas" com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)) desde janeiro deste ano para definir um modelo de cooperação técnica por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
As negociações em andamento, acrescenta a farmacêutica, incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
A Anvisa é a quinta agência regulatória do mundo a receber o pedido de uso emergencial do medicamento, segundo a MSD.
"Isso mostra claramente o compromisso da MSD com o Brasil e reforça a relevância do País para a companhia", informou a farmacêutica.
O medicamento já foi submetido a órgãos como a FDA (Estados Unidos), a EMA (União Europeia) e a Agência Japonesa de Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos. No início deste mês, o Molnupiravir recebeu aval da agência reguladora do Reino Unido e tornou-se o primeiro tratamento de via oral aprovado no mundo.
O remédio age induzindo mutações na enzima RNA-polimerase do Sars-CoV-2 conforme o material genético do vírus é replicado. Desse modo, ele consegue enfraquecer o vírus e diminuir os danos causados ao corpo. Por ser administrado por via oral, a expectativa é que seja mais acessível que outros medicamentos.
Ainda não há resultados científicos definitivos, mas a farmacêutica divulgou resultados preliminares de um estudo de fase 3 que apontam que o molnupiravir conseguiu reduzir significativamente o risco de internações e mortes por Covid-19. Para isso, ele deve ser administrado logo nos primeiros dias após o início dos sintomas.
A MSD informou que, até o 29º dia de análise desde o início dos testes em voluntários, nenhuma morte foi relatada em pacientes que receberam Molnupiravir, em comparação com oito mortes em pacientes que receberam placebo.
A análise interina avaliou dados de 775 pacientes que foram inicialmente inscritos no estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de fase 3.
O estudo incluiu sete centros de pesquisa no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto), um no Distrito Federal (Brasília), um em Minas Gerais (Belo Horizonte), um no Paraná (Curitiba) e um no Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves).
Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta, com o avanço da vacinação, está ganhando força a corrida para tratar a doença. Ao lado do Paxlovid, remédio desenvolvido pela Pfizer, o Molnupiravir é uma das pílulas antivirais que tem demonstrado maior potencial.
Fiocruz
A MSD informou que está em "conversas avançadas" com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)) desde janeiro deste ano para definir um modelo de cooperação técnica por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
As negociações em andamento, acrescenta a farmacêutica, incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.