O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) ameaçou o governo a exigir o chamado passaporte da vacina no país.
Os protocolos anunciados ontem pelo Executivo, no entanto, permitem a entrada de viajantes não imunizados contra a COVID-19 no Brasil mediante quarentena de cinco dias e apresentação de teste negativo para o coronavírus no final deste período. Bolsonaro disse ter participado da reunião que estabeleceu as medidas.
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"O STF estava ameaçando, via Barroso Luís Roberto Barroso. Se a gente não exigisse passaporte vacinal, ele exigiria numa canetada. Colocamos PCR com uma quarentena, acho que satisfez. Da minha parte, eu não tomei vacina e não vou", declarou Bolsonaro em entrevista à Gazeta do Povo.
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Na terça-feira, Barroso, ministro do STF, deu o prazo de 48 horas para o governo explicar por que não cobra comprovante de vacinação para autorizar a entrada de turistas no Brasil.
Embora o Palácio do Planalto tenha anunciado as novas medidas, não houve ainda a publicação de uma portaria para formalizá-las, como prometido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Em um novo ataque às vacinas, Bolsonaro ainda afirmou na entrevista que um ministro de Estado "está passando mal" após tomar a terceira dose, mas não revelou a identidade do auxiliar. "As vacinas têm vários efeitos colaterais", declarou o presidente, desprezando o fato de que os imunizantes são comprovadamente seguros e aprovados pelas autoridades sanitárias.