Mais de 94% dos municípios querem que o governo federal adote a exigência de comprovação da vacina para ingresso no país como visitante. Foi o que revelou a 32ª edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a situação da COVID-19 no Brasil. A entidade recebeu respostas de 2.662 gestores - que representam 47,8% dos municípios brasileiros - na semana de 6 a 9 de dezembro. Apenas 50 se manifestaram contra a medida, enquanto 66 disseram que ainda não se decidiram sobre o passaporte sanitário.
Leia Mais
Após ataque hacker, governo adia exigência de quarentena para não vacinadosQueiroga diz que dados não serão perdidos após ataque; PF e GSI são acionadosConecteSUS sofre ataque hacker e deixa de exibir dados de vacinaçãoA precaução das prefeituras também se estende às festas de fim de ano. Quando questionados sobre a realização de eventos de réveillon abertos ao público neste ano, 64,7% (1.723) decidiram que não haverá festas. Em 11% (292), os eventos seguem confirmados e em 23,6% (627) a questão está indefinida.
Em relação ao carnaval em 2022, o cenário é semelhante. Por ora, 64,3% (1.712) dos Municípios informaram que não vão organizar eventos públicos no período, enquanto apenas 1,4% (38) estão prevendo fazer a festa e 33,2% (883) ainda não decidiram.
Obrigatoriedade da vacina e máscaras
Em relação à vacinação contra a COVID-19, somente 18,3% (488) das gestões locais instituíram, por decreto ou recurso similar, a obrigatoriedade da vacina para frequentar lugares públicos e privados na cidade. No questionário, 79,7% (2.121) responderam que não adotaram tal medida.
Já para a obrigatoriedade do uso de máscaras, a regra segue em vigor em 98% (2.608) dos municípios nos ambientes privados e em 85,6% (2.279), em locais públicos.
Dos gestores municipais que participaram da pesquisa, 92,7% (2.469) afirmaram que pretendem manter a obrigatoriedade da máscara mesmo que toda a população do município esteja vacinada.
A falta de vacinas nas cidades continua em queda. Nesta edição da pesquisa, 178 municípios (6,7%) relataram problemas com falta de doses, sendo que em 106 houve falta do imunizante para a segunda dose e em 62, para a primeira dose. Já para doses de reforço, faltou vacina em 206 municípios (7,7%).
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.