Jornal Estado de Minas

SAÚDE

Após ataque de hacker, governo espera retomar sistemas na próxima semana

Parte dos sistemas do Ministério da Saúde continua fora do ar pelo 2º dia após o ataque hacker na madrugada de sexta-feira (10/12). De acordo com a pasta, o funcionamento completo deve ser restabelecido somente na próxima semana.





O Conecte SUS, que reúne informações do histórico clínico dos pacientes, como vacinas recebidas, medicamentos dispensados e exames feitos, está entre as funcionalidades que não voltaram a funcionar.

É por este canal, acessado por aplicativo ou em site do governo, que são emitidos os comprovantes de vacinação da COVID-19.

Na tarde de sexta, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que ainda não era possível avaliar se houve perda de dados da população, inclusive dos registros de vacinas.

O ministério disse neste sábado (11/12) que está atuando com "máxima agilidade" para reestabelecer os sistemas. "Vários sistemas já foram reestabelecidos e a expectativa é que os outros sistemas estejam disponíveis para a população na próxima semana", disse a Saúde, em nota.





O ataque comprometeu alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), além do Conecte SUS. Cruz afirmou, na sexta, que alguns serviços importantes foram restabelecidos, como o de regulação das filas do SUS e marcações de cirurgias.
O governo disponibilizou um site com orientações para emissão temporária do comprovante de vacinação da COVID-19.

A recomendação da Saúde é procurar o posto de vacinação onde as doses foram aplicadas para solicitar a segunda via da Carteira Nacional de Vacinação. Há a possibilidade de comprovar a vacinação por meio do cartão físico.

Além disso, muitos estados possuem ferramentas próprias, embora aqueles que utilizem a base de dados do Ministério da Saúde também podem estar sofrendo instabilidade. O Ministério da Saúde também indicou sites dos governos do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo e das capitais Curitiba e Salvador para a emissão do certificado.





O Ministério das Relações Exteriores ainda enviará comunicado aos países que vão receber voos com origem do Brasil para avisar sobre a indisponibilidade temporária do sistema. O governo brasileiro pedirá para estes países aceitarem o documento no formato físico.

Após o ataque hacker ao Ministério da Saúde, o governo Bolsonaro anunciou que iria adiar em uma semana a aplicação das novas regras para o ingresso de viajantes no Brasil. As medidas entrariam em vigor neste sábado (11/12).

Entre elas estão a exigência de quarentena de cinco dias para não imunizados que chegarem em voos internacionais, além de teste realizado até 72 horas antes do embarque, e a apresentação de comprovante de vacinação ou de teste negativo na fronteira terrestre.

O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta. Ao tentar acessar o portal, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.

"Nos contate caso queiram o retorno dos dados", dizia a mensagem. Minutos depois, o recado desapareceu, mas o site só voltou a entrar no ar na tarde de sexta. Ainda assim, diversas funcionalidades seguem indisponíveis.




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