Outra pessoa foi enganada após dar dinheiro à quem acreditava ser seu namorado virtual, mas na realidade era um golpista. Desta vez, o caso ocorreu com uma professora brasileira aposentada, que teve um prejuízo de R$ 99 mil após dar dinheiro ao suposto namorado.
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Ele teria descrito para ela que estava a bordo de um navio e que lhe foi informado pelo capitão que a embarcação seria atacada por piratas, mas que teria, por precaução, enviado os seus bens pessoais, inclusive dinheiro, para o Brasil.
Durante a conversa por mensagem com a professora, Gary informou que a caixa com seus bens ficou presa na alfândega e solicitou à mulher para que pagasse o valor, mas que iria ressarci-la assim que possível.
A mulher então repassou o dinheiro para a conta indicada por ele e o prejuízo foi cerca de R$ 99 mil.
Ela teria começado a desconfiar do golpe quando Gary começou a descrever as rotas absurdas percorridas pelo navio. O filho dela, desconfiado do valor que a mãe tinha transferido para o homem, a levou para a delegacia.
Após o registro da ocorrência e a quebra de sigilo bancário, a polícia descobriu o golpe. A conta indicada por "Gary" pertence a uma ex-namorada do nigeriano Fidelis Isolor, que mora no Brasil.
Durante o interrogatório da polícia, Fidelis ficou em silêncio mas, sua defesa disse que "as provas colhidas pela investigação não são aptas a ensejar uma sentença condenatória, pois não ficou clara qual foi a atuação do acusado".
Para a defesa da professora, o fato de ela não ter tido contato pessoal com o estelionatário pode trazer uma "dúvida insuperável quanto a autoria criminosa", justamente por não saber em que país ele se encontra.
A investigação policial foi inconclusiva, porque não se podia afirmar a participação do acusado. Mas, Fidelis foi condenado em primeira instância a devolver o dinheiro para a vítima. Ele recebeu uma pena de três anos e seis meses de prisão em regime aberto, mas a sentença foi substituída por prestação de serviços à comunidade.
A ex-namorada dele e titular da conta em que o dinheiro foi depositado, Damaris Pereira, também foi condenada como cúmplice do estelionatário. Ela afirma sua inocência e diz não saber que os valores depositados vinham da prática de um crime.
O Tribunal de Justiça ainda não julgou os recursos apresentados pelas partes do processo.