Jornal Estado de Minas

COVID-19

Dose menor, substâncias diferentes: as mudanças da vacina para crianças


Diante da aprovação do uso da vacina contra a COVID-19 da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta (16/12), o Ministério da Saúde já tem planos para comprar doses do imunizante, que é diferente do já adquirido e utilizado no Brasil. A intenção da pasta, como apurou o Correio, é incluir este público-alvo na campanha de vacinação contra a COVID-19.





A vacina da Pfizer é, a partir de hoje, a única vacina contra o coronavírus que pode ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos no Brasil, mas, por ser diferente do imunizante da farmacêutica já comprado e aplicado no Brasil em pessoas a partir de 12 anos, é necessário que uma nova compra seja feita pelo Ministério da Saúde. 

Durante a reunião que estabeleceu a aprovação da vacina da Pfizer para crianças, os técnicos da Anvisa explicaram que existem diversas diferenças entre os imunizantes da farmacêutica. Entre elas está a dosagem, menor para crianças. Além disso, as substâncias que compõem o imunizante são diferentes e até mesmo as condições para armazenamento das vacinas e os frascos são distintos.

CoronaVac

Ainda que exista a intenção do Ministério da Saúde em adquirir a vacina da Pfizer para crianças, a pasta também pode ter, em um futuro próximo, a vacina CoronaVac como opção de imunizante para crianças. Nesta quarta (15), o Instituto Butantan fez um novo pedido para que a Anvisa avalie o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.

Em agosto, a Diretoria Colegiada da Anvisa considerou, por unanimidade, não ser seguro aprovar o uso do imunizante para crianças e adolescentes "por causa da limitação de dados dos estudos apresentados naquele momento".

Mesmo sem autorização da Anvisa, o governo do estado de São Paulo já reservou 12 milhões de doses da CoronaVac com o objetivo de aplicar o imunizante em crianças de 3 a 11 anos, faixa etária que ainda não se vacinou contra a COVID-19 no país.