A Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quinta-feira (16/12), a Operação Bergon. Os alvos da operação foram integrantes de grupos neonazistas que incitavam ódio e racismo nas redes sociais e praticavam atos violentos contra negros e judeus. Quatro pessoas foram presas. Com elas, foram apreendidos facões, facas, arco e flecha, livros sobre Hitler e um taco com arame farpado.
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Investigações
De acordo com a PCRJ, as investigações duraram sete meses e começaram após uma comunicação feita à DCAV pela Secretaria de Operações Integradas, por meio do Cyber Lab, e a Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos Estados Unidos.
No comunicado, os órgão pediam para a polícia apurar fatos e circunstâncias ligados a uma associação criminosa voltada a prática de atos violentos, de discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio de redes sociais. Em maio deste ano, um dos alvos foi identificado por utilizar um aplicativo para espalhar o ódio e atrair simpatizantes, principalmente com ameaças contra negros e judeus. Esse suspeito teve prisão cautelar decretada por 30 dias e quebra do sigilo de dados.
A partir da análise do material periciado foi encontrado farto material de conteúdo racista contra negros e judeus, chamando a atenção os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente disseminação de ódio. A investigação dos dados também permitiu identificar pelo menos três grupos neonazistas espalhados pelo Brasil.