O delegado Rhudson Barcelos, da cidade de Guanambi, na Bahia, foi afastado do cargo, depois de dizer, em uma entrevista coletiva à imprensa local, nessa segunda-feira (13/12), que um duplo estupro seguido de homicídio contra mãe e filha, na zona rural, foi causado porque as duas usavam roupas de ginástica, que chamaram a atenção do suspeito. Rhudson era o responsável pelas investigações, mas após a repercussão da fala, o delegado foi suspenso do caso.
Na coletiva, quando questionado se as vítimas foram escolhidas aleatoriamente ou se elas eram acompanhadas pelo suspeito, o delegado afirmou que ele não tinha 'intenção' de estuprá-las e que 'o crime foi estimulado pelas roupas que elas usavam'.
"Pelo que ficou subentendido e a gente apurou até o momento, não houve premeditação. Ele não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas. Foi uma questão de coincidência. Quando ele saiu do trabalho, andando pela avenida, se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada, obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual de estuprá-las e as seguiu", declarou o delegado.
As falas do delegado repercutiram negativamente nas redes sociais, causando protestos em frente a delegacia da cidade nessa terça-feira (14/12).
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As falas do delegado repercutiram negativamente nas redes sociais, causando protestos em frente a delegacia da cidade nessa terça-feira (14/12).
De acordo com a Polícia Civil da Bahia, o afastamento do delegado ocorreu por conta de uma decisão administrativa, que acontece sempre que julgado pertinente. Além disso, foi informado que o caso passou a ser comandado pelo delegado Giancarlo Giovane Soares.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Daniel Seabra