Após os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicarem uma nota de repúdio em reação à declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, feita na live dessa quinta-feira (16/12), os diretores do órgão também manifestaram recusa a qualquer tipo de ameaça "explícita ou velada" que venha intimidar o exercício da atividade regulatória.
"A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explicita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias", diz a nota.
O texto é assinado pelo diretor-presidente, AntonioBarra Torres, e pelos diretores Meiruze Freitas,Cristiane Rose Jourdan, Romison Rodrigues Mota e Alex Machado Campos.
A nota relembra as ameaças sofridas pelos diretores ainda em outubro quando ainda estava em avaliação a aprovação da vacina da Pfizer para crianças. Os diretores concluem que a agência reguladora é alvo de "ativismo político violento".
"Em outubro do corrente ano, após sofrer ameaças de morte e de toda a sorte de atos criminosos, por parte de agentes antivacina, no escopo da vacinação para crianças, esta Agência Nacional se encontra no foco e no alvo do ativismo político violento", diz o texto.