O Ministério da Saúde só deve dar uma resposta definitiva sobre a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos no dia 5 de janeiro. Foi o que informou, neste sábado (18), o chefe da pasta, ministro Marcelo Queiroga, em uma conversa com jornalistas. Para ele, a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar o uso da vacina da farmacêutica americana Pfizer requer uma "análise mais aprofundada".
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"Esse tipo de avaliação da Anvisa tem o foco de verificar a segurança e eficácia do produto dentro do contexto que foi estudado e apresentado pela indústria farmacêutica. A introdução desse produto no âmbito de uma política pública requer uma análise mais aprofundada", afirmou Queiroga, que justificou que essa análise será feita com apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunização (CTAI).
Queiroga, assim como o presidente Jair Bolsonaro (PL), já falou em ocasiões anteriores contra a imunização de crianças. Anteriormente esta semana, o ministro já havia adiantado, após a decisão da Anvisa, que a decisão do Ministério sobre o assunto não sairia em 2021.
Já o presidente da República chegou a pedir, em tom de ameaça, a divulgação dos nomes dos técnicos da Agência que aprovaram a vacinação de crianças. "Eu pedi extraoficialmente o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos", disse, em uma transmissão na última quinta-feira (16).
"Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todos tomem conhecimento de quem elas são e obviamente formem seu juízo", disse o mandatário.
A decisão da Anvisa foi divulgada na última quinta-feira e foi tomada após uma avaliação técnica de um pedido enviado pela própria Pfizer. No exterior, países como os Estados Unidos, Uruguai, Colômbia, Canadá e países da União Europeia já vacinam crianças menores de 12 anos.