Com cartazes na mão e mostrando o rosto, servidores da Anvisa participaram de uma ação da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) em apoio à decisão de aprovar a vacinação de crianças de cinco a 11 anos. Essa foi uma reação à declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que pediu extraoficialmente o nome das pessoas responsáveis pela aprovação da vacinação de crianças.
Em um vídeo curto, eles respondem à pergunta “querem saber o nome dos responsáveis pela aprovação da vacina?”. São quase dois minutos de uma seqüência de fotos dos próprios funcionários afirmando “Sou servidor da Anvisa. Eu aprovei a vacina!”.
Há dois dias, a Univisa soltou uma nota de repúdio às tentativas de intimidação ao corpo técnico da Anvisa. Ela chamou o discurso do presidente de “negacionista e anticientífico” e diz que o fato de o presidente querer divulgar o nome dos servidores não condiz com um “interesse republicano”. Portanto, deveria chamar a atenção de autoridades fiscalizadoras.
"Mostra-se como ameaça de retaliação que, não encontrando meios institucionais para fazê-lo, vale-se da incitação ao cidadão, método abertamente fascista e cujos resultados podem ser trágicos e violentos, colocando em risco a vida e a integridade física de servidores da Agência. Uma atitude que demonstra desprezo pelos princípios constitucionais da Administração Pública, pelas decisões técnicas da agência e pela vida dos seus servidores”, escreveram.
Em outra parte, a associação reconhece o trabalho dos técnicos e defende a celeridade e rigor na análise. Também relembra que, além da Anvisa, contou as pesquisas contaram com a participação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
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