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Estado de Minas VACINAÇÃO

Queiroga defende divulgação de nomes que aprovaram vacina para crianças

Na última semana, Bolsonaro pediu, extra-oficialmente, "o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos"


20/12/2021 15:46 - atualizado 20/12/2021 16:00

Marcelo Queiroga
Queiroga defende que nomes de técnicos da Anvisa sejam divulgados (foto: Myke Sena/MS)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, saiu em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro, mais uma vez, nesta segunda-feira (20/12), ao defender que os nomes dos técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envolvidos na aprovação da vacina contra a COVID-19 da Pfizer para crianças sejam divulgados.

A divulgação foi sugerida por Bolsonaro na última semana, ao pedir, extra-oficialmente, "o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos".
Em conversa com jornalistas, Queiroga afirmou que não há problema em ter publicidade dos atos já que esta é uma característica do serviço público. "O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Então, todos os técnicos que se manifestem em processos administrativos tem que ser publicizados os atos, a não ser aqueles atos que são mais restritos. Mas não há problema em ter publicidade dos atos da administração. Acredito que seja até um requisito da Constituição", disse.

Em resposta ao pedido de Bolsonaro, servidores da agência participaram de uma ação da Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) em apoio à decisão de aprovar a vacinação de crianças de cinco a 11 anos.

Em um vídeo curto, eles respondem à pergunta "Querem saber o nome dos responsáveis pela aprovação da vacina?". São quase dois minutos de uma seqüência de fotos dos próprios funcionários afirmando "Sou servidor da Anvisa. Eu aprovei a vacina!"

Desde antes mesmo da aprovação da vacina contra a COVID-19 para crianças, os servidores e diretores da Anvisa recebem ameaças de morte por e-mail em razão da possibilidade de liberação do imunizante para o público infantil. Nesta segunda (20), novas ameaças chegaram aos e-mails dos diretores do órgão.


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