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Estado de Minas VACINAÇÃO

Anvisa pede que Saúde corrija texto de consulta de vacina em crianças

Texto indica que a vacinação contra a COVID de crianças de 5 a 11 anos foi autorizada pela Anvisa, mas o órgão regulador explica que seria errado afirmar isso


23/12/2021 10:31

Criança sendo vacinada
(foto: NORBERTO DUARTE)
Depois do Ministério da Saúde anunciar a abertura de uma consulta pública para avaliar a vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 com o imunizante da Pfizer, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou um ofício à pasta pedindo a correção do texto de abertura da consulta publicado pelo governo federal no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (22/12).

Segundo a agência, o texto indica que a vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos foi autorizada pela Anvisa, mas o órgão regulador explica que seria errado afirmar isso "já que a Anvisa não tem a atribuição de autorizar nenhuma campanha de vacinação no Brasil". 

"A competência da Agência Reguladora está na concessão do registro dos imunizantes. Em 16 de dezembro de 2021, a Anvisa autorizou a inclusão da indicação da vacina Comirnaty para imunização contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade, permitindo o início do uso da vacina no Brasil para esta faixa etária", explanou a Anvisa no ofício enviado ao Ministério da Saúde. 

No entanto, para que, de fato, a vacina seja aplicada em crianças, o Ministério da Saúde é quem precisa autorizar a vacinação deste público com o imunizante já autorizado pela agência. "A decisão sobre, quando, como e se a vacina Pfizer-BioNTech covid-19 será adotada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para crianças de 5 a 11 anos é do Ministério da Saúde", reforçou a agência em nota. 

Em resposta ao Correio, o Ministério da Saúde informou que recebeu a solicitação da Anvisa e que irá retificar o texto de abertura da consulta pública, mas não indicou quando isso será feito. 

Apesar da Anvisa já ter atestado a segurança, qualidade e eficácia da vacina da Pfizer para crianças, a pasta resiste em incluir o público pediátrico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicou, mais de uma vez, não ter pressa para iniciar a imunização do grupo. Disse que "a pressa é inimiga da perfeição" em relação à vacinação de crianças.


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