O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) divulgou, nesta sexta-feira (24/12), véspera de Natal, uma carta destinada às crianças incentivando a vacinação contra a COVID-19 sem a necessidade de prescrição médica.
O texto é uma resposta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que afirmou que a pasta vai recomendar que as crianças de 5 a 11 anos sejam imunizadas com prescrição médica e um termo de consentimento pelos país.
Até o momento, o governo de Jair Bolsonaro (PL) não vem incentivando a vacinação. O presidente chegou a deixar de comprar doses, incentivar o uso de medicamentos em eficiência, ironizar imunizantes e não se vacinar.
A carta escrita pelo Conass para as crianças brasileiras tem termos dedicados diretamente a elas. No início, o texto começa falando que o “ano não foi fácil" para muitos e que alguns parentes e amigos viraram “estrelinhas”, fazendo referência às mortes por COVID-19.
CARTA DE NATAL DO CONASS ÀS CRIANÇAS DO BRASIL https://t.co/oBwtUIbTgv via @CONASSoficial pic.twitter.com/rCFPl4dj5K
%u2014 CONASS (@ConassOficial) December 24, 2021
Em seguida, o texto comemora a liberação dos imunizantes para as crianças. “É uma proteção que os papais e as mamães já possuem”, diz.
“Eu sei que ninguém gosta de agulhas, mas vocês não precisam ter medo! Os cientistas do mundo inteiro apontam a segurança e eficácia da vacina para crianças! Ela inclusive já começou a ser aplicada em meninos e meninas de vários países do mundo”, diz o texto.
A carta ainda cita o personagem Zé Gotinha, criado para incentivar a vacinação de crianças contra o vírus da poliomielite. Atualmente, o personagem é utilizado para incentivar a imunização de todas as vacinas.
“Infelizmente, há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, completa.
No fim, o Conass diz que a ciência, fraternidade e medicina vencerão e as crianças estarão protegidas. Além disso, a entidade ressalta que, quando a vacinação de crianças for incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), não será necessário nenhum documento médico para a aplicação.