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Estado de Minas TRAGÉDIA

Após recusa de Bolsonaro, Bahia vai aceitar ajuda humanitária da Argentina

Governador Rui Costa afirmou que o estado, castigado pelas chuvas, vai receber de pronto apoios vindos 'de qualquer parte do mundo'


30/12/2021 15:46 - atualizado 30/12/2021 16:05

Inundação por causa de fortes chuvas atormenta cidades da Bahia
Bahia sofre com chuvas; governador quer ajuda vinda de todas as partes do mundo; na foto, a cidade de Itambé (foto: RICARDO DUTRA / AFP)
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou que, a despeito da recusa do presidente Jair Bolsonaro (PL) à ajuda humanitária oferecida pela Argentina, aceita a colaboração da força-tarefa que o país vizinho pretende enviar. Nesta quinta-feira (30/12), Costa foi ao Twitter afirmar que o estado vai dar aval direto a qualquer tipo de apoio vindo de governos nacionais.

"A Argentina ofereceu ajuda humanitária às cidades afetadas pelas chuvas na Bahia, apesar da negativa do Governo Federal. Me dirijo a todos os países do mundo: a Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda neste momento", disse ele.



Cidades baianas têm sofrido com temporais que assolam o estado. Os dados mais recentes sobre as chuvas, atualizados ontem pelo governo local, apontam 24 mortos e mais de 91 mil desabrigados em função do desastre natural.

"Os baianos e brasileiros que moram aqui no estado precisam de todo tipo de ajuda. Estamos trabalhando muito, incansavelmente, para reconstruir as cidades e as casas destruídas, mas a soma de esforços acelera este processo, portanto é muito bem-vinda qualquer ajuda neste momento", reforçou Costa.

Mais cedo, Bolsonaro havia informado que a Argentina ofereceu ao Itamaraty o envio de 10 homens para selecionar doações, montar barracas ofertadas aos destelhados e oferecer ajuda psicológica aos atingidos. O presidente chamou de "fraterno" o oferecimento argentino, mas afirmou que a assistência proposta pelos vizinhos já tem sido dada pelas Forças Armadas e pela Defesa Civil.

"Por essa razão, a avaliação foi de que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das condições. A resposta do Ministério das Relações Exteriores à Embaixada Argentina é clara a esse respeito", assinalou.


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