O ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou que o governo está reavaliando as regras para embarque de cruzeiros no país e que a variante Ômicron mudou o cenário para a continuidade da temporada de viagens nos navios.
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“Está tudo sendo feito dentro dos protocolos, mas ninguém estava contando com a ômicron. Estamos reavaliando a portaria, quando ela foi editada não existia a variante. E hoje já é sabido que a maior parte dessas pessoas podem estar com a doença, mas muitos são assintomáticos”, afirmou Machado, em entrevista à CNN Brasil.
O setor aguardava uma retomada em 2022, mas embarcações têm registrado aumento no número de casos de COVID-19. Por isso, na sexta-feira (31/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ao Ministério da Saúde, a suspensão provisória da temporada de navios de cruzeiros no país.
O ministro Gilson Machado viajou para o Recife, para discutir o problema com autoridades dos municípios que são diretamente impactados pela atividade de cruzeiros, como Maceió e Salvador.
Suspensão das operações até 21 de janeiro
Na tarde desta segunda-feira (3/1), as companhias de cruzeiros decidiram suspender suas operações no Brasil até 21 de janeiro. De acordo com a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA), os cruzeiros que estão em navegação vão finalizar seus roteiros conforme previsto.
"A atual temporada, após o término da suspensão, poderá ser cancelada na íntegra se não houver adequação e alinhamento entre todas as partes envolvidas para possibilitar a continuidade da operação", afirmou, em nota, a entidade.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que uma decisão a respeito da recomendação da Anvisa está sendo tratada sob a coordenação do gabinete civil da Presidência da República, pelos ministérios da Saúde, da Infraestrutura e da Justiça.
"Nós tínhamos uma portaria que oferecia segurança para realização dos cruzeiros e previa situações como essa, de ter casos de COVID. Ali já tinha toda a normativa", afirmou o ministro.
"Se as companhias de cruzeiro estão fazendo isso (a suspensão das atividades), naturalmente que estão observando o que está escrito na portaria e a segurança de quem contrata esses passeios", completou Queiroga.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais