As cinco embarcações que operam na costa brasileira registraram 798 novos casos de COVID-19 em apenas 9 dias. O número representa um crescimento de 25 vezes das infecções confirmadas nos primeiros 55 dias da temporada de navios de cruzeiro, quando 31 pessoas estavam contaminadas, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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No total, desde o início da temporada, em 1 de novembro, foram confirmados 829 casos de infecção entre tripulantes e passageiros dessas embarcações.
Deste número, 60% são referentes a tripulantes. Segundo a Anvisa, eles são os que passam o maior período de permanência nos navios. Para o órgão, os números mostram uma “mudança radical” no cenário epidemiológico e requerem uma reavaliação da atividade no setor.
“Tal mudança repentina e brusca do contexto epidemiológico, provavelmente decorrente do surgimento da variante Ômicron, requer nova avaliação do cenário da pandemia de COVID-19, nos termos da Portaria GM/MS 2.928/2021, que dispõe que a autorização da operação de navios de cruzeiro poderá ser revista a qualquer momento em função dos desdobramentos do contexto epidemiológico dos navios de cruzeiro ou de alterações do cenário epidemiológico nacional e internacional”, destaca trecho da nota.
A Anvisa acrescentou que sua decisão foi pautada em critérios técnicos e fundamentada no princípio da precaução. Também destacou a dificuldade de estados e municípios em conseguir os dados epidemiológicos junto às empresas responsáveis pelas embarcações. Segundo ela, isso prejudicou a condução oportuna das investigações pelas autoridades locais de saúde.
Na segunda-feira (3/1), a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA) informou que as companhias decidiram suspender suas operações no Brasil até 21 de janeiro.
Mas, os cruzeiros que estão em navegação vão finalizar seus roteiros conforme previsto.
"A atual temporada, após o término da suspensão, poderá ser cancelada na íntegra se não houver adequação e alinhamento entre todas as partes envolvidas para possibilitar a continuidade da operação", disse a entidade, em nota.
(Com informações da Agência Brasil)
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira