O navio MSC Preziosa chegou ao Píer Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (5/1), com 2.500 passageiros. O desembarque aconteceu quatro dias antes do previsto. Segundo o roteiro, a embarcação ainda teria paradas em Maceió, Alagoas, e em Salvador, na Bahia.
De acordo com a CNN Brasil, a empresa foi procurada, mas não explicou o motivo da antecipação do desembarque. Afirmou apenas que todos os protocolos sanitários estão sendo seguidos pela companhia.
Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o navio teve 33 casos de COVID-19, sendo 25 entre os tripulantes e oito entre os passageiros. A embarcação foi classificada no nível três de cenário epidemiológico e, seguindo essa avaliação, foram autorizados novos embarques no domingo (2/1).
A Anvisa acompanhou o desembarque e fez uma avaliação de saúde na embarcação. Segundo a agência, os casos confirmados de COVID-19 e pessoas que tiveram contato com eles foram orientados a fazer quarentena. Além disso, pessoas com resultado negativo para a doença também foram orientadas a fazer isolamento e observar possíveis sintomas.
Duas horas depois de atracar no Rio de Janeiro, os primeiros passageiros deixaram o navio, que passou por desinfecção. Alguns turistas contaram que não sabiam dos casos de coronavírus a bordo.
Mais desembarques
Nesta quinta-feira (6/1), estão previstos os desembarques de mais dois navios da mesma empresa, um no porto de Santos, em São Paulo, e outro no Rio de Janeiro, com 2.835 passageiros.
Os três cruzeiros já estavam em operação quando a Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (CLIA) decidiu, na segunda-feira (3/1), suspender a temporada até o dia 21 de janeiro. Os embarques que estavam programados desde então não aconteceram.
A decisão foi tomada depois que a Anvisa recomendou a interrupção da temporada na costa brasileira, em função do aumento do número de casos de COVID. Segundo a agência, em 9 dias foram registrados 798 casos nos cinco cruzeiros que operam no país.
A estimativa da CLIA é de que as três semanas de paralisação afetem 15 roteiros semanais de cinco navios. Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas feito a pedido da CNN, mostra que o setor deve ter um prejuízo de aproximadamente R$ 45 milhões no período.
A temporada atual, que começou em novembro de 2021 e vai até abril de 2022, tinha previsão de movimentar mais de 360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão na economia, além da geração de 24 mil empregos.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira