O Ministério da Saúde incluiu, nesta quarta-feira (5/1), crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra COVID-19. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na sede da pasta. Diferentemente do previsto, o governo recuou e não vai exigir prescrição médica para que a crianças seja vacinada.
O ministério não definiu uma data para o início da imunização da faixa etária, mas a previsão é de que esse público-alvo, calculado em 20,5 milhões de crianças, comece a ser vacinado ainda neste mês.
Até o fim de janeiro, a estimativa é de que 3,7 milhões de doses da Pfizer cheguem ao país. Somente esse imunizante será usado em crianças, conforme autorização da Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa).
Até o fim de janeiro, a estimativa é de que 3,7 milhões de doses da Pfizer cheguem ao país. Somente esse imunizante será usado em crianças, conforme autorização da Agência Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa).
A primeira remessa, com 1,2 milhão de doses, deverão chegar em 13 de janeiro. Até o fim do primeiro trimestre está prevista a chegada de 20 milhões de doses pediátricas.
O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.
Assim como ocorreu com o público a partir dos 12 anos, a vacinação será feita por faixa etária. O ministério também recomendará uma ordem de prioridade, privilegiando as crianças com comorbidades e com deficiências permanentes; indígenas e quilombolas; crianças que vivem com pessoas com riscos de evoluir para quadros graves da COVID-19; e em seguida crianças sem comorbidades.
Para a imunização dos pequenos, será necessário apresentar uma autorização dos pais. Caso o responsável esteja presente no momento da vacinação, não será cobrado um termo por escrito.
Entenda
No Brasil, 301 crianças morreram em decorrência da doença desde a chegada do coronavírus até 6 de dezembro de 2021, o que, em 21 meses de pandemia, significa 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias.
A venda, distribuição e disponibilização da vacina Pfizer contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos foram autorizadas pela Anvisa no mês passado. Por isso, o Ministério da Saúde abriu uma consulta pública para que, segundo a pasta, pais e responsáveis opinassem sobre o assunto.
Na manhã de terça-feira (4/1) foi realizada uma audiência pública, na qual três dos 18 participantes se opuseram à imunização de crianças.
(Com agência)