Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Ômicron não pode ser classificada como leve, diz diretor-geral da OMS


Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6/1), Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), deu mais detalhes sobre o andamento da vacinação mundial e descreveu um pouco mais quais são os riscos envolvendo a variante ômicron. Segundo ele, apesar de ser menos grave ao ser comparada com a Delta, a cepa não pode ser classificada como leve.





Ao longo da entrevista, Adhanom também repetiu o apelo por maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus. Segundo ele, analisando a taxa atual de distribuição de vacinas pelo mundo, 109 países não vão conseguir cumprir a meta da Organização de ter 70% da população mundial totalmente vacinada contra a doença até julho. O cumprimento da meta é visto como essencial para encerrar a fase aguda da pandemia. 

A Organização informou ainda sobre o pico no número de casos da covid-19 na última semana. Foi registrado um aumento de 71% em relação ao anterior. Esse aumento gradual vem sendo observado pela OMS desde outubro mas o registrado entre os dias 27 de dezembro e 2 de janeiro foi sem precedentes. 

No entanto, segundo boletim da OMS, houve diminuição de 10% no número de mortes decorrente da doença. 





Outra preocupação existente é sobre a variante IHU, identificada inicialmente na França e muito parecida com outra variante encontrada na República do Congo.

Em primeiras análises, a nova estirpe do SARS-CoV-2 teve 46 mutações ao todo, incluindo uma que está associada ao possível aumento de contágios da covid-19, mas como não houveram muitos casos relacionados, especialistas não acreditam que a nova variante seja preocupante. 

Sobre o assunto, Maria Van Kerkhove, líder técnica de covid-19 na OMS, disse que esta cepa não está circulando amplamente, sendo ainda caracterizada pela entidade como "sob monitoramento".

Confira a coletiva na íntegra: 


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