Estudo realizado pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS), em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, constatou a possível prevalência de 92,6% da variante Ômicron nos casos de COVID-19 analisados no Brasil. Conforme os dados, das 337 amostras em que a presença do vírus causador da doença foi detectada, 312 delas haviam indicação de infecção pela variante.
Ao todo, 2.463 amostras foram analisadas entre 26 de dezembro e o primeiro dia deste ano.
Ainda, de acordo com os dados do levantamento, desde o início de dezembro, foram testadas 32.946 amostras em 415 municípios de 25 estados brasileiros. A Ômicron foi identificada em 80 municípios de oito estados. São eles: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
Em um mês, os casos positivos de SARS-CoV-2 aumentou de 5% para 13,7%. Segundo o ITps, responsável pelo estudo, este é um reflexo do avanço da Ômicron no país.
“Os dados que apresentamos foram obtidos por meio de um teste RT-PCR Especial (Thermo Fisher), disponível principalmente na rede privada. Apesar dos vieses inerentes à amostragem, a Ômicron pode ter alcançado prevalência acima de 60% já na última semana de 2021. Em comparação com nosso último relatório, observa-se um aumento no número de casos prováveis, bem como de estados e municípios com detecção da variante Ômicron", afirma o Instituto.
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (5), o Brasil tem 265 casos confirmados de Ômicron e outros 520 em análise.
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Neste cenário, o Instituto Todos pela Saúde reforça os cuidados necessários frente ao avanço da nova variante: “Considerando o avanço da Ômicron e a epidemia de gripe, recomendamos cautela neste momento de incertezas, para preservar vidas. Máscara, distanciamento e boa circulação de ar em ambientes fechados são estratégias importantes contra o SARS-CoV-2 e o vírus da gripe”.