Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

MPF questiona Twitter sobre falta de opções para combater fake news

 
Em manifestação feito pelo procurador da República em São Paulo, Yuri Corrêa da Luz, o Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício nesta quinta-feira (6/1) que pede explicações ao Twitter sobre a falta de opções no Brasil para denunciar as fake news sobre a pandemia do coronavírus. 




 
 
Nessa quarta-feira (5/1), a hashtag #TwitterApoiaFakeNews ficou entre os assuntos mais comentados da plataforma, o que mobilizou o parecer do procurador paulista.

Em outros países, como Estados Unidos e Austrália, os usuários já dispõem de ferramenta para denunciar conteúdos falsos. O Brasil acabou ficando de fora. 

Apesar de o procurador solicitar um período de 10 dias para manifestação, o Twitter logo se posicionou pelo tema. A empresa diz que possui diretrizes que combatem as fake news.
 
“Desde março de 2020, o Twitter possui uma política para tratar informações enganosas sobre Covid-19. Ela não prevê a atuação em todo conteúdo inverídico ou questionável sobre a pandemia, mas em Tweets que possam expor as pessoas a mais risco de contrair ou transmitir a doença”, diz o texto. 





“Nossa abordagem à desinformação vai além de manter ou retirar conteúdos e contas do ar. O Twitter tem o desafio de não arbitrar a verdade e dar às pessoas que usam o serviço o poder de expor, contrapor e discutir perspectivas. Isso é servir à conversa pública”, argumenta a empresa. 

Com relação à criação de perfis falsos, a empresa também se defendeu: “O selo azul tem como objetivo confirmar a autenticidade de perfis de alto alcance e engajamento, mas que o processo de implementação requer aprendizado e revisões, dado que é recente e está sujeito a imprecisões e equívocos”.

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