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Estado de Minas NOTA DE REPÚDIO

Sociedade de Pediatria defende vacinação infantil contra COVID-19

Em nota de repúdio, a SBP afirma que a população não deve temer a vacina, mas sim a doença, e que a vacinação é um direto a ser assegurado às crianças


06/01/2022 21:16 - atualizado 06/01/2022 21:16

Vacina COVID-19 crianças
Segundo a SBP, a vacinação infantil é um direito que deve ser assegurado (foto: Norberto Duarte/AFP)
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou, nesta quinta-feira (6/1), uma nota de repúdio aos sequentes acontecidos e “comentários de autoridades sobre possíveis riscos decorrentes da imunização de crianças de cinco a 11 anos contra a COVID-19”. Também nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia criticado a vacinação infantil e minimizado o número de óbitos nesta faixa etária
 
Em nota, a SBP destacou cinco pontos considerados importantes. Em primeiro lugar, a entidade declarou que “a população não deve temer a vacina, mas, sim, a doença que ela busca prevenir, bem como suas complicações, como a COVID longa e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica, manifestações que consolidam a necessidade da imunização do público infantil”.
 
Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o acesso das crianças à vacina contra a COVID-19 é um direito que deve ser assegurado e que conta com o apoio da maioria dos brasileiros, conforme expresso em consulta pública realizada pelo Ministério da Saúde. A vacinação é também considerada estratégica para reduzir o número de mortes por conta da doença nessa faixa etária no Brasil, afirma a entidade.
 
Segundo a SBP, os indicadores são mais expressivos no país do que em outras nações. O Ministério da Saúde contabiliza 308 mortes de crianças entre 5 e 11 anos, desde o início da pandemia.
 
A entidade declara também que, até o momento, os estudos realizados apontam a eficácia e a segurança da vacina aplicada na população pediátrica, sendo essa fundamental no esforço para reduzir as formas graves da COVID-19.
 
“A vacina previne a morte, a dor, sofrimento, emergências e internação em todas as faixas etárias. Negar este benefício às crianças sem evidências científicas sólidas, bem como desestimular a adesão dos pais e dos responsáveis à imunização dos seus filhos, é um ato lamentável e irresponsável, que, infelizmente, pode custar vidas”, diz a SBP em nota.


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