Brasília – A maioria dos hospitais particulares de 10 estados do Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Sul e do Distrito Federal registraram aumento expressivo de casos de COVID-19 e da síndrome gripal provocada pelo vírus Influenza. É o que apurou a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) por meio de pesquisa feita junto a 33 empresas. Da amostra, 88% verificaram elevação das ocorrências da doença respiratória e da gripe.
Leia Mais
COVID: 71% dos brasileiros vão vacinar os filhos, diz pesquisaAssociação Médica sobre vazamento de dados: 'Tomaremos todas as medidas'Tripulantes com COVID em cruzeiros mais que dobram em dois diasA pesquisa foi respondida por hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso e Bahia. Desde o mês passado, os hospitais que responderam ao levantamento feito pela Anahp registraram 13.040 diagnósticos de COVID-19, o que representa percentual de positividade de 21% sobre o total de testes realizados. Ainda de acordo com a pesquisa, 32% desses casos resultaram em internação.
Ao analisar apenas os dados associados ao vírus Influenza, foram notificadas 7.943 ocorrências, representando percentual de positividade de 42% sobre o total de testes realizados. Dados da pesquisa mostram ainda que 22% dos casos confirmados desde dezembro resultaram em internação.
De acordo com as orientações de Vania Rohsig, coordenadora do Grupo de Trabalho Organização Assistencial da Anahp, e Priscila Rosseto, coordenadora do Grupo de Trabalho de Melhores Práticas Assistenciais da associação, a busca por atendimento nos pronto-socorros dos hospitais deve ser evitada.
“Devem procurar o pronto-socorro apenas os pacientes com sintomas persistentes ou sinais de acometimento mais grave (falta de ar, febre persistente, tosse intensa) ou com doenças crônicas preexistentes. De uma forma geral, a população deve manter rígidos os cuidados com a utilização correta de máscara, o distanciamento social e a higienização adequada das mãos”, explicam.
Elas destacam que aqueles que apresentarem sintomas leves ou os assintomáticos devem priorizar a busca por atendimentos ambulatoriais, como, por exemplo, consultas médicas, preferencialmente por meio de telemedicina. A orientação visa proteger o paciente de uma exposição desnecessária dentro de ambientes como hospitais, que devem ser utilizados para o atendimento de pessoas com sintomas mais severos.
“Ao passar por uma consulta, o paciente será avaliado clinicamente e terá a indicação médica correta sobre a necessidade ou não de testagem, assim como de qual tipo de teste é o mais adequado de acordo com os sintomas que apresenta e, dessa forma, fará a coleta de exame mais indicado para seu quadro clínico”, completam.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro