Nesta quarta-feira (19/1), o projeto CoronaVidas.net divulgou uma nota técnica que alerta sobre a situação e evolução da pandemia de COVID-19 no Distrito Federal, além de apontar um prognóstico caso as condições atuais sejam mantidas.
A equipe responsável pelo documento é composta por pesquisadores de diversas instituições de ensino, como a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), a Universidade de Brasília (UnB), o SENAI CIMATEC, entre outras.
De acordo com a nota, o DF, tem sido um dos locais mais afetados pelo coronavírus no Brasil. A unidade da federação ocupa a quarta colocação do país em relação ao número de mortes por milhão, com 3.640, e também em casos por milhão, com 179 mil.
Essa nova onda, causada pela variante ômicron, tem se mostrado mais infecciosa que as anteriores. O número de casos ainda não reflete no número de óbitos, isso por conta do andamento da vacinação, mas, de acordo com a nota técnica, esse quadro deve mudar dentro de uma ou duas semanas.
“Isso ocorre no momento em que uma parcela substancial da população já teve contato com o vírus, e também com uma parte substancial da população já vacinada, o que deve reduzir significativamente a mortalidade entre os infectados, assim como observado em outros países, demonstrando tanto a eficácia e a segurança das vacinas contra a COVID-19, como a extrema necessidade de vacinar rapidamente a maior quantidade possível de pessoas, incluindo aí crianças”, destaca nota.
O estudo observou “uma clara tendência em um aumento significativo nos casos em crianças e jovens, causado pelo retorno às aulas presenciais”, e, com isso, abre um espaço para a discussão sobre a possibilidade da suspensão de atividades presenciais em escolas e universidades, até que a pior fase dessa nova onda passe.
Além disso, os pesquisadores pontuam que a grande circulação do vírus facilita o surgimento de novas variantes, como foi o caso da ômicron. Clique aqui para ler a nota técnica.
O documento recomenda o aumento da testagem na população, sobretudo em pessoas mais expostas; a vacinação, o mais rápido possível, das crianças de 5 a 11 anos, para que possam frequentar as escolas com maior segurança; ampliação de cuidados para crianças de zero a 4 anos, enquanto essas ainda não puderam ser vacinadas.