O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (25/1), que a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE) republicará a nota técnica que rejeitou o protocolo contrário ao uso do chamado 'kit covid' no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. O texto também indica que as vacinas contra a COVID-19 não possuem a efetividade e nem a segurança demonstradas em estudos, o que não é verdade.
A intenção da secretaria não é mudar a decisão, mas "promover maior clareza no conteúdo e evitar interpretações equivocadas, como a de que a decisão critica o uso das vacinas COVID-19". A parte do documento que suscita dúvidas em respeitos aos imunizantes contra a doença é uma tabela que comparava informações de diferentes tecnologias utilizada na prevenção e tratamento da doença.
A tabela em questão indica que estudos demonstraram que há efetividade e segurança no uso de hidroxicloroquina no tratamento contra a COVID-19, hipótese já amplamente discutida e descartada pela comunidade científica.
Quando se fala de vacinas, a informação dada na nota é de que os imunizantes não possuem a efetividade e nem a segurança demonstradas em estudos, o que não é verdade, já que todos os imunizante utilizados no Brasil foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passaram por estudos prévios.
Com a análise, a nota publicada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, Hélio Angotti Neto, infere "que a exigência com tecnologias como a hidroxicloroquina sofreu avaliação mais rigorosa do que aquela feita com tecnologias diferentes".
Após gerar polêmica e receber pedidos para anulação da portaria, Angotti informou que a tabela será retirada da nota técnica. A afirmação foi dada em entrevista ao programa Pingos nos Is da Jovem Pan. "Nós vamos optar por retirar a tabela para fomentar a clareza. Isso não muda o parecer", disse.
A alteração deve ser publicada em portaria no Diário Oficial da União (DOU).