A vacinação infantil contra COVID-19 deve avançar em todo país. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na manhã desta segunda-feira (7/2), em conversa com jornalistas, que a pasta vai enviar doses suficientes para garantir a primeira dose de toda a faixa etária dos 5 aos 11 anos até terça-feira (15/2).
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Justiça manda pais vacinarem aluna de 11 anos do Pedro II, no RioNão há registro de mortes de crianças por vacinas contra a COVID no BrasilSaúde orienta que pais procurem recomendação antes de vacinar criançasJ&J suspende produção de vacina da Janssen; como fica para quem já tomou?Queiroga a jornalista: 'Distribuí 430 milhões de vacinas e você, nenhuma'Em dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina pediátrica da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, e também da CoronaVac na faixa etária de 6 a 17 anos. No entanto, diante do atraso da incorporação dos imunizantes do público infantil, as primeiras doses da Pfizer só chegaram ao Brasil um mês depois da aprovação da agência.
O governo federal distribuiu aos estados aproximadamente 9,3 milhões de vacinas pediátricas, sendo 6 milhões da Pfizer e 3,3 da CoronaVac. A quantidade é pouco mais da metade das doses necessárias para imunizar cerca de 20,5 milhões de pessoas, entre 5 e 11 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Antes de recomendar a vacinação contra a COVID-19 para crianças, Queiroga chegou a informar que o governo federal iria cobrar prescrição médica das crianças que quisessem tomar o imunizante contra a COVID-19.
A medida foi rejeitada por governadores e criticada por especialistas. Depois disso, o governo recuou e desistiu de cobrar o documento no ato de vacinação de crianças.
A medida foi rejeitada por governadores e criticada por especialistas. Depois disso, o governo recuou e desistiu de cobrar o documento no ato de vacinação de crianças.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, por exemplo, até a última sexta-feira (4/2), três semanas após o início da aplicação de vacinas, o estado imunizou 10,83% dos pequenos, ou seja, 201.543 meninas e meninos tomaram a primeira dose. O público estimado nessa faixa etária é de cerca de 1,8 milhão.
Em todo o estado, o total de crianças vacinadas corresponde a 16,21% das 1.243.540 doses de Pfizer Pediátrica e CoronaVac enviadas aos municípios para imunização infantil.
"A expectativa é a de que agora em fevereiro toda criança já esteja imunizada com a primeira dose no estado. Reforço que a vacina é confiável e os efeitos colaterais frente aos benefícios são infinitamente menores", disse o Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
"A expectativa é a de que agora em fevereiro toda criança já esteja imunizada com a primeira dose no estado. Reforço que a vacina é confiável e os efeitos colaterais frente aos benefícios são infinitamente menores", disse o Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
Ele fez um alerta aos pais e responsáveis das crianças: "Já está comprovada a redução dos casos graves da doença em pessoas que estão devidamente imunizadas. Por isso, pedimos que os pais ou responsáveis que levem as crianças para serem vacinadas e ficarem protegidas."
Já em Belo Horizonte, duas em cada três crianças convocadas ainda não receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19. A informação foi divulgada pela prefeitura da capital na última quarta-feira (2/2).
A Secretaria Municipal de Saúde informou que foram convocadas crianças de 11 a 5 anos com comorbidades, deficiência permanente, indígenas ou quilombolas e acamadas ou com mobilidade reduzida, além de crianças de 11 a 9 anos sem comorbidades. Esses grupos somam cerca de 90 mil crianças. Pelo último levantamento, com dados parciais, foram aplicadas cerca de 30 mil doses da vacina contra a COVID-19 nesse público.