Após a divulgação de quem seria o principal suspeito de cometer os homicídios da mãe, Shirlene Ferreira da Silva, de 38 anos, grávida de 4 meses, e da filha, Tauane Rebeca da Silva, 14, em um córrego do Sol Nascente, o sentimento dos vizinhos e conhecidos é de revolta e todos pedem por justiça. Jeferson Barbosa dos Santos, 26 anos, morava na região do crime e era conhecido na vizinhança.
Um dos vizinhos da família de Shirlene, que preferiu não se identificar, conta que as pessoas da região estão com receio após saberem a identidade do suspeito de cometer os assassinatos. "Depois disso, a gente ficou mais atento, porque era uma pessoa que a gente via direto passando aqui. Então, hoje em dia não dá pra confiar em ninguém mais", comenta um vizinho que preferiu não se identificar. "Essa é a informação que a gente dá, ele realmente andava aqui na região", acrescenta.
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Mãe esfaqueada 37 vezes morreu ao tentar defender a filha, acredita PolíciaCriança de 8 anos é morta a facadas no Distrito FederalAmigo de Lázaro, assassino de grávida e filha pode estar foragido na BahiaSuspeito de matar mãe e filha em córrego se gabava por ser amigo de LázaroOutra vizinha, que também preferiu manter o anonimato, pede para que a prisão seja feita o mais rápido possível. "Tomara que prenda logo", destaca a mulher, que não acredita que Jeferson tenha cometido o crime sozinho. "É complicado com 37 facadas nela. Ela lutou demais com ele e o cara sozinho não acho que ia praticar um ato desse. Ela era muito forte e defendia a filha", completa a moradora.
A moradora também conta que Jeferson frequentava bastante um bar na região. "Nem trabalhar, ele devia trabalhar, porque ele não saia do boteco. Quando eu ia trabalhar e voltava, eu via ele no mesmo lugar. Ele subia e descia a rua andando sozinho", comenta a vizinha, destacando que Jeferson tinha um cabelo grande e usava roupas bem largas.
O suspeito era carroceiro na região e teria fugido com a esposa após cometer os crimes, alegando que iria passar as festas de fim de ano com a família na Bahia. Porém, não voltou mais para a capital desde então. Segundo os delegados da 19ª Delegacia de Polícia, responsável pela investigação do caso, Jeferson foi visto por testemunhas oculares na região do córrego na hora e data do crime. Ele se auto intitulava como "cara que se dava bem com as mulheres do córrego".
Mudança
Ao Correio, os vizinhos contaram que o marido de Shirlene, Antônio Wagner, mudou-se do local pouco após encontrarem os corpos da esposa e da filha. "É um cara muito trabalhador. No dia que aconteceu o sumiço delas, a primeira pessoa que ele procurou foi eu. O coitado querendo uma lanterna para ir atrás delas para procurar, logo depois chegram os Bombeiros para começar as buscas", disse o vizinho.