Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em março do ano passado no Rio de Janeiro, relatou que o padastro do menino, o ex-vereador Jairinho, tinha o hábito de a enforcar durante as relações sexuais do casal. Ela chamou o ato de "ritual sexual" e disse que ele fazia isso para demonstrar poder. As declarações foram dados durante depoimento de Monique, nesta quarta-feira (9/2), em audiência de instrução.
Durante o depoimento, Monique definiu a personalidade de Jairinho como controlador. "Eu tinha que namorar com ele para ele se acalmar. Senão, ele não se acalmava, continuava gritando, gritando e gritando sem parar. Era sempre na cama, em cima de mim, me enforcando, não de modo que eu estava sendo torturada, mas como se fosse uma posse, um controle até na hora de estar namorando comigo", afirmou.
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Caso Monark: por que Alemanha e outros países proíbem o nazismo? Madrinha de casamento é repreeendida por padre por decote em vestido'Acordei sendo enforcada na cama ao lado do Henry', diz Monique Monique realiza 'atos libidinosos' com advogado na cadeia, dizem detentasNo depoimento, Monique também relatou a primeira vez que foi agredida pelo então namorado. "Ele pulou o muro na minha casa e abriu o meu celular pra ver a minha conversa com o Leniel (pai de Henry). Acordei sendo enforcada do lado do meu filho", relatou.
O depoimento durou cerca de 10 horas. A professora afirmou que vivia um relacionamento abusivo com Jairinho, mas evitou culpá-lo pela morte da criança. "Não sei o que aconteceu (na morte de Henry), só quem poderia saber foi quem me acordou: o Jairinho", disse.
Jairinho disse que iria ficar calado, mas acabou falando por alguns minutos. Ele usou o tempo para negar o crime e pedir uma nova data para um depoimento. A juíza marcou uma nova data para 16 de março. "Juro por Deus que não encostei a mão em um fio de cabelo do Henry", afirmou.
O casal é acusado de ter matado o menino Henry Borel, de apenas 4 anos, no apartamento em que viviam na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após a fase das alegações finais, a juíza Elizabeth Louro definirá se os dois vão ou não a júri popular pela acusação de homicídio.