Jornal Estado de Minas

TRAGÉDIA DA CHUVA

Polícia Civil diz que mais de 130 pessoas estão desaparecidas em Petrópolis



A Polícia Civil recebeu informações de que, até o início da manhã de hoje (17), havia 134 pessoas desaparecidas depois do temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana fluminense, na última quarta-feira (15). As informações estão sendo recolhidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).





De acordo com a Polícia Civil, os agentes estão percorrendo pontos de apoio e abrigos da cidade. Os dados serão cruzados com a relação de corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML) da região.

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Uma força-tarefa com cerca de 200 peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia, servidores de cartório e de diversas delegacias está trabalhando para agilizar a identificação e liberação dos corpos. Trinta e três vítimas haviam sido identificadas até o início da manhã de hoje.

Segundo a Defesa Civil estadual, até o momento foram confirmadas 104 mortes. Os bombeiros entraram no terceiro dia de buscas, já que ainda há desaparecidos. Os trabalhos de resgate resultaram no salvamento de 24 pessoas até a noite de ontem. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) preparou uma lista com os nomes de mais de 30 desaparecidos.







Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas cheias nas ruas.

Segundo as últimas informações, 372 pessoas tiveram que deixar suas casas e estão acolhidas em abrigos ou casas de parentes e amigos.


O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que essa foi a pior chuva da região desde 1932. Outros desastres já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.