“Continua a busca aqui agora”, escreveu um morador de Petrópolis nas redes sociais. Na publicação, ele compartilha imagens da Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva, tomada pela enxurrada na terça-feira (15/2), em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.
As cadeiras soterradas, pedaços de galhos e a lama tomaram conta das salas de aula.
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A população petropolitana se organizou em grupos virtuais para auxiliar as buscas, por trás das telas, com informações e imagens. O grupo divulga, ainda, locais de doações e vagas para voluntários.
A tragédia vitimou ao menos 104 pessoas, de acordo com a Defesa Civil, e deixou mais de 130 desaparecidos. A Prefeitura Municipal decretou luto oficial por três dias e as aulas estão suspensas até a sexta-feira.
“Só sabia chorar”, diz pai de estudante
Embora com os sinais de telefone e internet comprometidos pelo temporal, um pai conseguiu falar, por alguns segundos, com sua filha, que estava na Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva durante a tempestade. “Só sabia chorar”, desabafou.
A escola fica próxima ao Morro da Oficina, um dos locais mais atingidos pelas chuvas.
Pouco antes da tragédia, professores contam que os alunos chegaram a pedir para saírem mais cedo da escola, em razão da ameaça de chuva.
O pedido foi negado. Poucos minutos depois, uma área de vidro da escola se rompeu com a água e a lama que descia do Morro da Oficina. A história foi divulgada pelo portal Uol.
O pedido foi negado. Poucos minutos depois, uma área de vidro da escola se rompeu com a água e a lama que descia do Morro da Oficina. A história foi divulgada pelo portal Uol.
Com a água subindo, alguns alunos tentaram quebrar as janelas de vidro e pular do segundo andar, mas desistiram.
Outro tentou fazer o mesmo movimento e se feriu no rosto. Por fim, os adultos decidiram quebrar as janelas e ajudar os estudantes a saltarem para o prédio ao lado. A escola divide parede com um pronto-socorro.
Outro tentou fazer o mesmo movimento e se feriu no rosto. Por fim, os adultos decidiram quebrar as janelas e ajudar os estudantes a saltarem para o prédio ao lado. A escola divide parede com um pronto-socorro.
Mais tarde, funcionários e alunos desobstruiram o caminho e a escada até a porta da frente. O restante das pessoas, que estavam presas no prédio, conseguiram deixar o local. O grupo se abrigou no pronto-socorro e em uma academia de lutas próxima.