Habituados a lidar com as mais diferentes catástrofes nos últimos anos, o Corpo de Bombeiro de Minas Gerais já encontrou pelo menos oito vítimas das tragédias em Petrópolis. Há quatro dias, a corporação reforçou as equipes de busca em Petrópolis na tentativa de encontrar novos desaparecidos, num cenário de lama e destruições provocados pelas chuvas.
No fim da noite de domingo (20/2), os militares mineiros acharam mais um corpo no local conhecido como Morro da Oficina, com o auxílio do cão Bono. Até o momento, 178 pessoas morreram em decorrência dos temporais na cidade da região serrana do Rio de Janeiro. Os trabalhos têm de ser interrompidos em vários momentos em função das chuvas.
Os bombeiros de Minas ainda trabalham com mais três pontos de interesse pelo canil da corporação nessa mesma localidade. Os militares atuam num trabalho integrado com outros 16 Corpos de Bombeiros do país. A frente está sendo coordenada pela Ligabom (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil), que monitora as áreas mais afetadas e distribui as equipes.
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Na busca pelos desaparecidos, os bombeiros vêm utilizando técnicas como o desmanche hidráulico, que é a utilização da força da água pressurizada para amolecer e remover a lama. Desta forma, a terra molhada e pastosa vai se desmontando, o que facilita a escavação, aumentando assim a efetividade do serviço.
Os militares ainda trabalham com equipamentos de detector de vida, detector de vida sísmico, geradores, luzes de cena, materiais de escoramento, além de dois binômios (conjunto de militar e cão) especializados em busca em estruturas colapsadas.
Cães
Os cães usados na operação, Bono e Chronos, possuem certificados regional e nacional para o trabalho de busca de pessoas presas em escombros e soterradas e sua atuação ocorre na indicação ativa das vítimas por meio de latidos, e posteriormente, escavando os locais precisos onde se concentram o foco das equipes de salvamento.