O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entregaram, nesta terça-feira (22/2), a vacina 100% nacional contra a COVID-19. O imunizante é o mesmo da AstraZeneca, mas dessa vez foi totalmente produzido em território nacional. Na ocasião, seis pessoas foram vacinadas com o imunizante nacional.
O contrato de transferência de tecnologia da Astrazeneca para a Fiocruz foi assinado em junho do ano passado e, hoje, a vacina 100% nacional foi entregue ao Ministério da Saúde. Com a transferência de tecnologia, a vacina pode ser produzida sem a necessidade da importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), ponto que já atrasou a vacinação contra a COVID no Brasil no início da campanha.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacina nacional representa a liberdade do país na produção do imunizante contra a COVID-19.
"Essa foi a principal aposta do governo federal. Temos assegurados até o final do ano mais de 500 milhões de doses de vacinas. E, com isso, nós temos a certeza de conter o caráter pandêmico da COVID-19", disse o cardiologista.
Quem também marcou presença na cerimônia da entrega da vacina nacional foi o ex-ministro da Saúde e atual assessor especial da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), Eduardo Pazuello, que esteve à frente da pasta durante as negociação das vacinas contra a COVID-19 em 2020.
Segundo o presidente da República, Jair Bolsonaro, Pazuello foi quem “começou o contrato” com a AstraZeneca. No entanto, o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 apontou que a aquisição de imunizantes nunca foi prioridade da pasta sob a gestão de Pazuello.
No evento de ontem estavam presentes outros ministros do governo Bolsonaro, como o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ministro da Cidadania, João Roma, entre outras autoridades.