A influenciadora Rafa Kalimann publicou, nesta quinta-feira (24/2), um fio em seu perfil oficial do Twitter em que tentava explicar a invasão da Rússia na Ucrânia. Entretanto, a apresentadora recebeu críticas por não ser especialista em história ou relações internacionais e tentar abordar o assunto de forma resumida.
Leia: O início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 12 imagens
A publicação de Rafa tem cerca de 4 mil curtidas e 10 mil publicações com comentários, em sua maioria, negativos.
Leia Mais
Biden anuncia sanções econômicas e restrições de exportação à RússiaCerca de 1.400 detidos na Rússia em protestos contra a guerra na UcrâniaBiden: 'Putin escolheu essa guerra'Trump diz que Putin se aproveitou da fraqueza de Biden para atacar UcrâniaJovem Pan exibe imagens de videogame como se fossem de invasão à Ucrânia Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 50 milhões“Vou tentar resumir pra vocês sobre a Rússia e a Ucrânia: o que eu entendo sobre, se tiver algum ponto de equívoco, me falem. E por favor pesquisem para aprofundar, é só um resumo pessoal”, escreveu a influenciadora que tem cerca de 3,2 milhões de seguidores na rede social.
Para alguns internautas, Rafa deveria ter aberto espaço em suas plataformas digitais para um especialista abordar o tema de forma técnica e correta ao invés de se arriscar em um assunto que não domina.
Leia: Casimiro faz live com especialista sobre Ucrânia e Rússia e é elogiado
Ela foi comparada ao influenciador e jornalista Casimiro, que convidou o mestre em Relações Internacionais, Tanguy Baghdadi, para participar de sua transmissão ao vivo e explicar o conflito da Rússia e a Ucrânia.
Leia: Rússia x Ucrânia: quais as chances de conflito se transformar em 3ª Guerra Mundial?
Leia: Casimiro faz live com especialista sobre Ucrânia e Rússia e é elogiado
Ela foi comparada ao influenciador e jornalista Casimiro, que convidou o mestre em Relações Internacionais, Tanguy Baghdadi, para participar de sua transmissão ao vivo e explicar o conflito da Rússia e a Ucrânia.
Leia: Rússia x Ucrânia: quais as chances de conflito se transformar em 3ª Guerra Mundial?
O fio de Rafa abre com o contexto da relação entre Estados Unidos e Rússia após a Guerra Fria e como a Ucrânia está envolvida no conflito entre as potências. “Existe a organização que os EUA e muitos países fazem parte que é a OTAN e existiu a URSS que a Rússia fazia parte”, escreveu.
“Com o tempo a OTAN se mostrou mais eficiente do que a URSS que foi rompida com o fim da guerra fria e muitos países começaram a formar aliança com a OTAN”, completou.
Com o fim da URSS, a Ucrânia se tornou um país idependente. “Mas a Ucrânia que se tornou independente há apenas 30 anos, não. E desde então existe uma indecisão se ela se torna mais próxima da Rússia ou da OTAN (lado dos EUA) onde ela demonstrou ter uma tendência maior nos últimos anos e pra Rússia isso não é nada bom”, escreveu.
"Acontece que a Rússia ainda vê a Ucrânia como “parte deles”. Importante frisar que antes a capital da Rússia era Kiev, que hoje é a capital da Ucrânia, tem muitas questões culturais envolvidas, famílias formadas por ucranianos e russos por exemplo”.
Leia: 3 fatores que explicam por que Ucrânia é tão importante para Rússia
Leia: 3 fatores que explicam por que Ucrânia é tão importante para Rússia
“O x da questão é que a Rússia não quer um vizinho convertido ao ocidente, um vizinho inscrito na Otan, eles querem preservar sua influência sobre uma área que já foi a cabeça da União Soviética”, afirmou Rafa na publicação.
“Tem a ver com laços culturais, mas sobretudo com laços políticos”, concluiu.
Nas redes sociais, internautas criticaram a apresentadora por resumir um conflito sócio-cultural histórico em poucas palavras. Além das críticas sérias, surgiram memes e piadas sobre a ex-participante do Big Brother Brasil 20.
Veja críticas:
Entenda o conflito
Nesta quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, iniciou uma operação militar na Ucrânia para defender os separatistas no leste do país. O mandatário russo, que justificou sua decisão por um pedido de ajuda dos separatistas pró-russos e pela política agressiva da Otan com Moscou, também pediu que os militares ucranianos "deponham as armas".
Putin garantiu não querer a "ocupação" da Ucrânia, mas sim sua "desmilitarização".
As tropas Russas já estão dominando pontos importantes da Ucrânia, como usina nuclear de Chernobyl.
As tropas Russas já estão dominando pontos importantes da Ucrânia, como usina nuclear de Chernobyl.