O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, nesta quinta-feira (9/3), que não vai permitir que as crianças sejam "incentivadas" a mudar de gênero nas escolas. A declaração foi feita durante evento do ministério sobre alimentação escolar.
“Nós não vamos permitir que a educação brasileira vá por um caminho de tentar ensinar coisa errada para as crianças. Coisa errada se aprende na rua. Dentro da escola, a gente aprende o que é bom, o correto, o civismo, o patriotismo”, afirmou o ministro.
Para Ribeiro, a educação sobre diversidade sexual para crianças de 6 a 10 anos é uma "coisa errada" e que os "violenta". "Nós não vamos permitir que a educação brasileira vá por um caminho de tentar ensinar coisa errada para as crianças. Coisa errada se aprende na rua. Dentro da escola, a gente aprende o que é bom, o correto, o civismo, o patriotismo. Por isso é que tem um grupo da população que infelizmente me critica, mas tenho certeza que as merendeiras, mães e avós estão comigo. Eu quero cuidar das crianças. Não vou permitir que ninguém violente a inocência das crianças nas escolas públicas. Esse é um compromisso do nosso presidente. Não tem esse negócio de ensinar: você nasceu homem, pode ser mulher. Respeito todas as orientações. Mas uma coisa é respeitar, incentivar é outro passo", disse.
O ministro pontuou que respeita as diferenças, mas que não vai aceitar e que não tem vergonha de ser contrário à educação sexual de gênero às crianças nas escolas. “Eu respeito, e tenho dito isso. Mas não vou permitir que, com crianças de 6 a 10 anos, um professor chegue e diga que se ela nasceu homem, se quiser, pode ser mulher. Isso eu falo publicamente, mesmo. Por isso que o meu processo já está lá no STF (Supremo Tribunal Federal). Não tenho vergonha de falar isso. Não tenho compromisso com o erro. Temos que respeitar todos, nosso país é laico, mas tenho certeza que as merendeiras do Brasil que cuidam das crianças também têm esse cuidado todo especial. Não apenas com o que se come, mas com o que se aprende intelectualmente", completou.
Ribeiro é réu de um processo que corre no Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga se ele foi homofóbico em declarações ligando a orientação sexual a famílias desajustadas, além de outras falas, em 2020.
“Acho que o adolescente que, muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, disse, na ocasião.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro