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Estado de Minas Crime

Filha de Belchior é condenada a 9 anos de prisão por homicídio

Isabela Belchior foi responsável pelo assassinato e ocultação do cadáver de Leizer Buchwieser dos Santos, em 2019 na cidade de São Carlos.


23/03/2022 19:00 - atualizado 23/03/2022 19:18

Foto da filha de Belchior, Isabela Belchior
Isabela Belchior (foto: Reprodução)


A filha do cantor Belchior, Isabela Belchior, foi condenada nesta quarta-feira (23/3) a nove anos de prisão pelo assassinato de Leizer Buchwieser dos Santos, cometido em 2019 em São Carlos, no interior de São Paulo.

A pena foi reduzida pelo juiz responsável pelo caso por "relevante valor social" — de acordo com depoimentos, a vítima tinha histórico de pedofilia e ofereceu dinheiro para fazer sexo com uma criança ou uma mulher grávida.
 

Também foram presos pelo crime Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues. Além do assassinato, eles foram declarados culpados de ocultação de cadáver.

A companheira de Isabela, Jaqueline Dornelas Chaves, era suspeita por ter contato com a vítima no dia do crime — foi para ela que a vítima enviou a proposta de pagar por sexo com uma criança. Contudo, o juiz chegou à conclusão de que ela não participou do homicídio e a absolveu das acusações.

Entenda o caso


O crime aconteceu em 2019 na cidade de São Carlos. A vítima, o metalúrgico Leizer Buchwieser dos Santos, havia desaparecido em agosto, após sair de casa para trabalhar. O carro usado por ele foi achado queimado em um canavial, enquanto seu corpo foi encontrado em setembro, com as mãos e os pés amarrados, em uma mata.

De acordo com a polícia, a vítima era pedófilo, costumava marcar programas sexuais pelas redes sociais e pedia o envolvimento de crianças, oferecendo um pagamento maior. Ele teria marcado com Jaqueline um programa por R$ 500, no qual ela teria levado a sobrinha de três anos.

Jaqueline então teria contado ao irmão, pai da menina, sobre o encontro. Segundo o delegado, ela convidou ainda a namorada, Isabela, e um outro irmão para ir ao local combinado. A intenção seria de extorquir o metalúrgico.

“Sabiam que a vítima queria cometer um crime e extorquiram a vítima no local e se apropriaram do dinheiro", afirmou o delegado responsável pelas investigações, Gilberto de Aquino.

Ainda segundo o delegado, o metalúrgico foi até o local combinado, onde as duas mulheres e a criança o esperavam. Elas pegaram o dinheiro e começaram a xingá-lo, mas ele reagiu e agrediu uma delas. Os outros homens entraram na briga e esfaquearam Leizer.

Depois do crime, eles abandonaram o corpo em um local e o carro em outro. De acordo com Aquino, o combustível usado para queimar o carro foi comprado por Jaqueline.



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