Morreu, nesse domingo (27/3), o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Elmi ganhou os holofotes após ser preso em junho do ano passado por auxiliar na fuga do serial killer Lázaro Barbosa — criminoso que assassinou quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia.
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A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) concluiu que o acusado cometeu crimes de favorecimento pessoal — consiste na ajuda prestada para que o autor do delito não seja alcançado pela autoridade pública — e posse ou porte ilegal de arma de fogo.
O fazendeiro chegou a ficar preso no presídio público de Águas Lindas de Goiás, mas ganhou a liberdade em 16 de julho, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
Na decisão, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira, levou em consideração a “fragilidade na saúde de Elmi’ e disse não ver perigo na soltura do fazendeiro, que é idoso e tem residência fixa.
Ressaltou, ainda, que a simples suspeita, sem provas de que armas e munições encontradas com Lázaro Barbosa pertencem a Elmi, não seriam suficientes para respaldar o prolongamento da prisão.
"A prisão deve ser substituída por medida mais branda, especialmente por se tratar de réu idoso, com residência fixa, ocupação lícita e sem outras passagens pela seara criminal. Ainda, há nos autos documentos que indicam certa fragilidade na saúde de Elmi, o que deve ser sopesado, considerando que ainda persiste a pandemia do coronavírus", frisou a juíza à época.
A informação acerca da morte de Elmi foi confirmada ao Correio por pessoas próximas a ele. Ele sofreu um infarto. O fazendeiro esteve internado no Hospital Bom Jesus, em Águas Lindas de Goiás. O sepultamento deve ocorrer nesta terça-feira (29/3).
Caso Lázaro
Lázaro Barbosa foi encontrado em uma área de mata no bairro Itamaracá, em Águas Lindas de Goiás, três dias depois. Na troca de tiros com policiais da força-tarefa montada para capturá-lo, ele foi morto após 20 dias de buscas.
O criminoso é o autor do assassinato de quatro pessoas da família Vidal em Ceilândia Norte, no dia 9 de junho. Desde então, estava foragido e se escondeu nos distritos de Edilândia e de Girassol, que pertencem a Cocalzinho. Nesse período, invadiu chácaras, fez pessoas reféns e trocou tiros com a polícia.