Um trote da Universidade Federal do Paraná, (UFPR) no campus de Palotina, resultou em queimaduras de 1° e 2° grau pelo corpo de estudantes do curso de medicina veterinária, na quarta-feira (30/3).
Ao Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou ao Correio Brasiliense, que o trote ocorreu na frente da Universidade como parte da recepção de novos alunos. Os calouros precisaram pedir dinheiro no sinal e na sequência foram encurralados por veteranos em um terreno baldio, enquanto os veteranos jogavam um produto nas costas deles, o que ocasionou as lesões.
Na nota, a polícia confirma ainda que no local foi encontrado um litro de Creolina — desinfetante e germicida de uso veterinário.
Quatro pessoas foram presas em flagrante e vão responder por lesão corporal gravíssima e constrangimento ilegal. A polícia segue investigando o caso e realizando diligências para localizar os outros suspeitos.
Em nota, a Universidade informou que abriu um processo interno para apurar o caso. "Ressalto que a UFPR está indignada e que tomaremos rigorosas e imediatas medidas de apuração de responsabilidades, na medida que temos tolerância zero com relação ao trote violento e todas as demais formas de violência física, verbal ou mesmo simbólica”, afirmou o reitor no texto. (Confira a íntegra no fim da matéria).
Pelo menos 21 alunos precisaram ser levados para o Hospital Municipal de Palotina com queimaduras de 1º e 2º grau. Todos foram liberados na quarta-feira menos uma menina, que teria inalado o produto e desmaiado. Ela foi liberada na manhã de quinta (31).
Confira a nota da UFPR na íntegra:
A Universidade Federal do Paraná adota a posição institucional do trote sem violência, na conscientização dos alunos de que a recepção aos calouros deve ser um momento de alegria e integração com os veteranos. A UFPR não tolera nenhum tipo de violência e o episódio infeliz envolvendo calouros em Palotina é um caso isolado. A direção do Setor Palotina já abriu o processo de apuração de responsabilidade sobre esta ação de trote violento que resultou em queimaduras nos calouros.
O Reitor Ricardo Marcelo Fonseca enfatiza: “em primeiro lugar me solidarizo com os calouros e suas famílias, que deveriam estar em um momento de comemoração, alegria e não de dor. Porém, ressalto que a UFPR está indignada e que tomaremos rigorosas e imediatas medidas de apuração de responsabilidades, na medida que temos tolerância zero com relação ao trote violento e todas as demais formas de violência física, verbal ou mesmo simbólica”.
O estudante ou membro da comunidade que presenciar qualquer ato violento, discriminatório ou constrangedor com relação à recepção dos calouros pode realizar denúncia pelo telefone 41-984021131 ou por meio dos endereços de e-mail alertatrote@ufpr.br e acolhe.sipad@ufpr.br