Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

PF prende suspeito de integrar esquema de fraudes contra o INSS

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (7/4), a Operação Loki para desmantelar um grupo criminoso que fraudava o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família e Auxílio Emergencial no Espírito Santo. A investigação foi realizada em conjunto com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão, sendo um no município Serra e dois na cidade de João Neiva, no Espírito Santo, além do sequestro de bens dos investigados.





Conforme as investigações, além do líder do grupo, ao menos outras 38 pessoas utilizaram documentos falsos em nome de 114 pessoas fictícias e participaram de fraudes ao BPC, ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.

De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de quase R$ 5 milhões e a ação da PF e do INSS evitou novo rombo de mais de R$ 14 milhões, conforme a corporação. 

Ainda segundo a PF, esses valores podem ser ainda maiores porque os cálculos não abrangem as fraudes ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato e de lavagem de dinheiro. As penas, quando somadas, podem chegar a mais de 23 anos.





A ação contou com aproximadamente 95 policiais federais e rodoviários federais, além de quatro servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência.

Operação Loki


A Operação Loki teve suas primeiras ções ainda em 2020, após a prisão em flagrante de três pessoas que tentaram sacar benefício do INSS de forma fraudulenta.

A partir de então, iniciou-se uma investigação, que culminou com a descoberta de uma estrutura criminosa dedicada a este tipo de fraude.