Jornal Estado de Minas

CRIANÇA GÊNIA

Criança de 5 anos é brasileiro mais novo a entrar em sociedade de 'gênios'



Theo Costa Ribeiro é o mais novo ‘gênio’ brasileiro. O menino, de 5 anos, alcançou 146 pontos em teste de QI, o que indica que ele tem a capacidade intelectual de um adolescente de 15 anos. Com isso, Theo garantiu sua entrada para a Mensa Internacional, sociedade de pessoas de alto QI mais famosa do mundo. O garoto paulista é o brasileiro mais jovem a realizar tal feito. 





A Mensa Internacional foi fundada em 1946 no Reino Unido e só aceita pessoas com quocientes de inteligência nos 2% do topo de qualquer teste de inteligência padrão aprovado. Theo foi submetido a 6 dias de testes de QI para avaliar sua inteligência. 


Segundo o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, que assessora o menino, o procedimento feito por Theo é o melhor e mais completo.


"A dra. Natalie Helene van Cleef Banaskiwitz foi a responsável pelo exame. Eu não a conheço, mas ao analisar o teste, posso afirmar que foi um dos mais conclusivos de QI, e da maneira que penso ser a mais correta. Theo foi submetido a 6 dias de testes, completos, podendo analisar todas as nuances cognitivas", conta.


A Mensa demorou cerca de seis meses para responder a solicitação dos pais do garoto e aprovar o seu ingresso.


Quem percebeu a capacidade acima da média de Theo foram seus professores. No retorno da atividade escolar, após o fim da quarentena da COVID-19, eles notaram que ele tinha um desempenho muito acima das demais crianças. Após os testes, Theo adiantou uma série e agora estuda o segundo ano.





“Existia a possibilidade de adiantar mais que um ano, mas optamos por ir aos poucos, pois o emocional é importante também”, disse Ygor Ribeiro, pai do Theo.

O que é o QI (quociente de inteligência)

De acordo com Carmen Flores, pesquisadora e professora na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o QI é uma padronização estatística de resultados brutos em um teste cognitivo. 


“Se considerarmos uma amostra representativa de crianças de 8 e 12 anos, veremos que, por razões de desenvolvimento, a média de 8 anos será menor que as de 12 anos. Assim, para identificar crianças de maior e menor desempenho entre diferentes faixas etárias temos que padronizar os acertos para cada faixa etária em alguma medida”, explica.


Ela ainda conta que fatores culturais e socioeconômicos podem refletir nos resultados. Acesso à educação de qualidade e oportunidades para o alto desenvolvimento foram apontados como alguns desses fatores. 


Ela completa que “é possível aumentar habilidades específicas com treino e prática, mas não aspectos centrais da inteligência". Na maioria das vezes, o que ocorre é a regressão do quociente. 





“De cada 100 crianças de alto QI, aos 5 anos, por exemplo, apenas 10 manterão um alto QI. As demais apresentarão regressão à média, isto é, diminuição na sua pontuação”, completa. 

Classificações da tabela do QI